O caso Lázaro e como a esquerda ganhou o desprezo da sociedade

lazaro a esquerda ganhou o desprezo da sociedade
Botão Siga o Disparada no Google News

O artigo demencial de Lelê Teles sobre o caso Lázaro publicado pela Revista Fórum e o 247, sem dúvida, não representa a visão majoritária da esquerda, assim como não a representam crucifixos enfiados nos anus ou Golden Shower em praça pública.

No fundo, acho que a maioria dos bolsonaristas sabe bem disso.

Mas o que causa repulsa de imensos setores da sociedade brasileira pela esquerda não é isso, mas o fato de que a esquerda considera essas demências uma opinião de seu campo, como outra qualquer.

Problematizar um satanista psicopata serial killer (ou “spree killer”, não sejam ignorantes, nos alerta Lelê) mostra um nível de amoralidade totalmente incompatível com a vida em sociedade.

Não, Lázaro não é “apenas mais um miserável cheio de chagas psicológicas e que cansou de mendigar sua condição de gente”.

Isso é falso, e causa profunda indignação no cidadão que nasceu nas mesmas condições de Lázaro e luta para proteger sua família do crime.

Ele não é apenas mais uma vítima da sociedade, e se tivesse sido, hoje seria um de seus principais algozes.

Lázaro é um PSI-CO-PA-TA.

O ser humano é muito mais complexo do que o simplismo sociologista dos construtivistas sociais quer crer. Ele não é uma mera construção social. Ele é uma construção social em cima de uma base biológica de hormônios instintos e limites, de um sistema nervoso que tem uma certa estrutura, de um conjunto de informações, de um histórico de condicionamento e de – creio eu e acredito que ele não – algum montante de livre arbítrio criativo e auto construtor, sua natureza espiritual.

Assim como a direita reduz o problema da violência a um simplismo de vingança contra o mal, parte significativa da esquerda reduz o problema da violência à injustiça social.

Mas eu não estou aqui fazendo uma “falsa simetria” (horror teórico que revoga a “regra de ouro” da moral). Equalizando as duas posições.

A posição dessa “esquerda” é muito pior, porque é amoralista. Ela assume o olhar do criminoso, não o da mulher estuprada ou do pai pobre e trabalhador assassinado por 50 reais.

Como alguém saudável psiquicamente pode olhar para um estupro e se colocar na posição do estuprador, e não da vítima?

Aberrações como a “justiça restaurativa” são derivadas do relativismo moral que já é em si uma degeneração do sociologismo.

Não, o objetivo primário do sistema judiciário não é o “justiçamento”, a vingança, mas tampouco a “restauração” do criminoso. Seu objetivo primário é proteger os outros inocentes.

Sim, os “homens de bem”, as “mulheres de bem”, ridicularizados por essa insanidade. Pessoas que fazem das tripas coração para criar os filhos e sobreviver de seu trabalho.

A esquerda precisa muito mais do que não compartilhar da posição de Lelê, ou do que apresentar soluções palpáveis para a questão da violência.

Ela precisa passar a repudiar veementemente essas amoralidades.

Isso tem que ser inaceitável.

Porque é inaceitável.

É perverso.