O Brasil tem 2,7% da população mundial e 13% das mortes por Covid-19 no mundo. Mesmo sendo um país tropical, que não precisa usar calefação, temos a sétima maior taxa de mortos por habitante do planeta, e nos encaminhamos rapidamente para passar os EUA em maior número de mortos.
No dia em que atingimos 500 mil mortos, 0,25% da população brasileira, sem contar com a subnotificação nem os milhões de graves sequelados, temos que lembrar que poderia ter sido muito diferente.
Temos que lembrar do começo.
Quando se configurou a pandemia, estudo do King’s College projetava 41 mil mortes no total no Brasil, caso tomadas todas as precauções da OMS, e 650 mil mortes com medidas parciais.
Temos que lembrar dos que difamaram o epidemiologista Átila Iamarino ou dos que difundiram a “conspiração da OMS”.
Temos que lembrar quem estava no comando.
Quem poderia ter tomado outras linhas de ação.
Muitas coisas simples, sem quarentena total, ou debacle econômica, poderiam ter sido feitas pelo governo para minimizar nossa tragédia. A começar por fechamento imediato das fronteiras brasileiras para a Itália e a China.
Logo em seguida, compra maciça de testes e sua aplicação a todos os que tiveram contato com os primeiros casos. A conscientização pelo governo da população sobre a gravidade da doença e falta de medicamentos. A obrigatoriedade, sem custo algum para o comércio e indústria, do uso de máscaras generalizado. O que leva alguém a ser contra isso? Que prejuízo causa à economia?
A proibição total de aglomerações. A suspensão completa das aulas presenciais, maior fonte de contágio. Depois, a adoção de lockdowns radicais por 15 dias para cortar os aumentos exponenciais da doença.
É claro, a compra imediata de toda e qualquer dose de vacina disponível e investimento imediato do governo de todos os recursos necessários para desenvolvermos as nossas.
Por fim, o mais importante: o exemplo, a coordenação e a liderança do Governo Federal na luta contra a pandemia.
TUDO O QUE CITEI AQUI, O GOVERNO NÃO SÓ NÃO FEZ, MAS TRABALHOU CONTRA.
Agora são 500 mil mortos.
E vem 3a onda.
Não acabou.
Pode ser eu, você, sua mãe.
Sim. É um genocida.
E enquanto ele viver, e eu também, vou lutar para botá-lo na cadeia.
Quantos milhões de brasileiros mais?
