Por Wallacy Santana – Bolsonaro está orquestrando um “autogolpe”. Mesmo sem o apoio massivo das Forças Armadas, ele tenta concretizar seu plano pessoal. Ele nunca negou seu desapreço pela democracia, sempre militou pela ordem ditatorial.
Sua alienação antidemocrática é tão irresponsável que ele não descarta qualquer manobra para se perpetuar no poder. Se há contestadores no seio governamental, ele demite ou pressiona o pedido de demissão. Foi assim com o Ministro da Defesa e os três comandantes das Forças Armadas. Marinha, Aeronáutica e Exército, respectivamente.
Percebendo os rumos, todos aqueles que antes o apoiavam se afastaram e o deixaram sozinho. Muitos que ali estavam, foram pilares essenciais para sua eleição. Agora, com o naufrágio de um país que é epicentro da pandemia pularam do barco. A história para esses também será implacável.
Bolsonaro pensava que o Centrão – historicamente fisiológico – aceitaria facilmente seus ordenamentos ideológicos e favoráveis a ruptura da ordem constitucional. Sem toma-lá-da-cá não tem consistência política. Logo ele que foi eleito no falso moralismo de acabar com tudo e todos que estão aí, mas quem?
O Centrão pode ser o que é, um reduto de políticos fisiológicos, mas ele não se manterá por muito tempo dando suporte ao Bolsonaro. Quando o calo doer continuadamente, eles sairão.
Nossa frágil democracia sangra, a Constituição Federal está rasgada. Mais de trezentas mil mortes por COVID-19. Bolsonaro, pautado no seu curral eleitoral de alienados, atenta contra a democracia sob o momento de crise sanitária. A corda vem se alastrando desde o momento que ele recusou comprar as vacinas, desprezou a pandemia e, tentou desmobilizar as ações dos outros entes federativos.
A maior “brincadeira” da nossa história. O voto de protesto gerou isso. A insensatez gerou isso. O descaso gerou isso. O ódio gerou isso. As risadas de uma plateia não politizada geraram isso.
O fim de Bolsonaro, qual será? Ponta da praia? Impeachment? Renúncia – para se portar como um “herói” injustiçado? Exílio? Qual país o receberia? Tribunal de Haia – respondendo por seu genocídio? Crimes de responsabilidade?
Por: Wallacy Santana, líder comunitário e filiado ao PDT.
