Por André Luiz dos Reis – A Folha de São Paulo especula hoje sobre os problemas da campanha de Ciro Gomes, comparando-os com o isolamento similar ocorrido em 2018. Na minha opinião, o problema do Cirismo é que não deu os passos que prometia na direção do eleitorado nacionalista conservador.
Ficou pregando nacionalismo para a esquerda. O campo da esquerda é hegemonizado pelo PT, que junto com a figura carismática de Lula arrasta votos de todas as classes em todo o país. Ciro teria de criar um espaço diferente para si.
A tentativa de desbancar o PT já tinha feito água quando, mesmo da cadeia, Lula fez com que os nordestinos pobres e a classe média paulistana aderissem a Haddad. E com Lula fora da cadeia, a estratégia do Ciro se mostrou uma quimera.
Quem poderia derreter é Bolsonaro, líder de um contingente enorme de brasileiros cativados pela questão nacional e patriótica mas que não aguenta mais o progressismo. Ciro foi só mais um que os deixou órfãos. E órfãos, vão às urnas de novo para votar no único que pensam representá-los de fato.
Por André Luiz dos Reis
