99 anos de Darcy Ribeiro – a herança da brasilidade

99 anos de Darcy Ribeiro a herança da brasilidade
Botão Siga o Disparada no Google News

Celebrar a vida dos que se foram é um tributo à ancestralidade. Hoje, todos os brasileiros deveriam celebrar a vida do gênio Darcy Ribeiro.

No alvorecer do seu centenário – que completará em 2022 – Darcy Ribeiro nunca foi tão atual e necessário. Afinal, diuturnamente fica provado que “a crise na educação brasileira não é uma crise e sim um projeto”.

Nunca a brasilidade, o civismo e a civilização enquanto conceitos modernos e gênese de um Estado nacional estiveram tão frágeis. Nunca o cotidiano jogou na nossa cara cenas tão fortes que provam que o Brasil “é um moinho de moer gente”. Darcy tinha razão e faz muita falta. Como nos faz falta a universidade necessária, os CIEPs, a relação com os povos tradicionais brasileiros e a nossa brasilidade.

Darcy era um inquieto. Pensava como um gênio e falava rápido como um rastilho. Não por acaso, sua memória e legado são tão vivos entre a juventude, que é inquieta, contestadora por natureza.

Darcy que é tão negligenciado pela academia e a universidade que ele tanto defendeu, vive em milhões de jovens corações brasileiros. Em especial, nos corações dos jovens estudantes trabalhistas, que tomaram em suas mãos a herança da brasilidade e a urgência cada vez mais forte da reinvenção do Brasil.

Se Brizola disse aos jovens, “tomem seus destinos em suas mãos”, Darcy disse o que fazer com esse destino ao afirmar “que só nos resta a esperança de uma reversão radical que tenha a capacidade de tudo reinventar”.

O povo brasileiro segue espoliado, sem memória, aculturado e enfrentando as maldades do imperialismo e da pior das elites nacionais.

Nosso tributo a Darcy é exercer diuturnamente a nossa brasilidade. Disputar as cores da bandeira, a grandeza da nossa gente, a diversidade das nossas cores e sotaques.

Um brinde, com muita cachaça e farofa!

Viva Darcy!