Pesquisa mostra nível de tolerância dos brasileiros com minorias

Pesquisa mostra nivel de tolerancia dos brasileiros com minorias
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A pesquisa confirma que o povo brasileiro é um dos mais tolerantes do mundo. Só 7% ficariam incomodados com vizinhos homossexuais. França, Itália, EUA, Canadá tem percentuais maiores. No México chega a 23%. Rússia e China estão acima de 66%.

Pesquisa mostra nivel de tolerancia dos brasileiros com minorias

O mesmo acontece em relação a estrangeiros. Só 3% dos brazucas teriam problema de ter um como vizinho, percentual menor que nos EUA, Alemanha, França, Espanha. Na Itália, por exemplo, chega a 18%, e na Rússia a 32%.

O mesmo se repete quando o critério é racial. Só 1% dos brasileiros se incomodaria com outra raça. Na Espanha e Itália o percentual está em dois dígitos. Na Coreia do Sul chega a 15%, na Rússia a 16%.

O brasileiro é conservador, cristão etc. Mas é flexível no dia a dia e bastante tolerante.

Outros itens da pesquisa também revelam o caráter mais tolerante do nosso povo quando comparado aos demais países. 30% dos brasileiros não gostariam de ter como vizinhos pessoas com alto consumo de álcool. No México e no Reino Unido estes percentuais estão acima de 55%. E supera os 70% nos EUA, Alemanha, Rússia e Canadá.

Pesquisa mostra nivel de tolerancia dos brasileiros com minorias

Ainda que de moral cristã e conservadora, e passando por período de forte transição religiosa, só 6% da nossa população veria problema de ter como vizinho uma pessoa portadora de HIV. No México e no Canadá, este percentual sobe para 20%. Na Rússia e no Japão, ultrapassa 50%. Na Coreia do Sul é de mais de 90%.

Só 1% dos nossos compatriotas se sentiriam incomodados com vizinhos que morem juntos sem serem casados. No México e no Japão, a proporção chega a dois dígitos. Na China, é de 40%.

Muito se fala da crescente intolerância religiosa no país. Mas segundo a pesquisa somos um oásis de paz nesse quesito. Só 3% seriam contrários a um vizinho de outra religião. No México são 14%. No Canadá, terra de forte indiferentismo religioso, são 6%.

Pesquisa mostra nivel de tolerancia dos brasileiros com minorias

A noção de que não sabemos conviver bem com as diferenças se revela uma fábula diante destes números. Temos problemas a resolver, mas algo na nossa cultura e linguagem social nos torna abertos para a inclusão.

O identitarismo pós-moderno não é só um conjunto de propostas deletérias: A justificativa mais comum para sua existência entre nós desaparece diante da pesquisa. Antes de pretender nos ensinar algo, é o Norte Geopolítico que deveria aprender com o brasileiro o melhor caminho para solucionar ou minimizar certas mazelas.

A imagem do Brasil como país de extrema violência contra minorias é fabricação desonesta com o fito de propagandear que fracassamos como projeto civilizatório, só nos restando agora seguir os ditames de europeus e ianques. É nada mais que versão atualizada do velho viralatismo e colonialismo mental.

 

Fonte: https://www.kcl.ac.uk/policy-institute/assets/love-thy-neighbour.pdf

  1. O Brasil ao mesmo tempo que é um país que eu costumo dizer que permite a conciliação do paradoxo. Ao mesmo tempo, certas coisas são peremptórias e taxativas. Temos uma séria disfunção quanto ao entendimento do próprio povo quanto a certos temas, onde o povo não diz exatamente aquilo que pensa ou até com sinceridade não se considera refratário ou preconceituoso quanto a certos tabus na sociedade, mas ao mesmo tempo tem seus preconceitos.

    Há um abismo que eu diria também enorme quanto ao despotismo esclarecido que militantes e mídia querem por guela abaixo no consciente e inconsciente do brasileiro e do que o brasileiro é verdadeiramente firme e inflexível no que considera ser correto.

    Mtos levantamentos de mortes de homossexuais não são computados e investigados pela polícia e é por isso que determinados homicídios movidos pelo preconceito a essas pessoas não constam nas pesquisas. Historicamente, se eu não estiver enganado, sempre existiu um levantamento próprio dos militantes dessa causa para contabilizar as perdas dos seus, notoriamente o GGB, o Grupo Gay da Bahia, que é uma referência na apuração desses crimes.

    Ao mesmo tempo que temos um verdadeiro morticínio dessas pessoas, ao mesmo tempo há no brasileiro uma aversão ao grotesco que é tirar a vida de alguém, mas uma vez sendo homossexual, o brasileiro entende ser claro ser dado por Deus a relação de homem e mulher e a que tipo de ajuntamento de pessoas são aptos para se formar uma família.

    Ao mesmo tempo que inúmeras pessoas são racistas, há também na sua genealogia a presença de negros, indígenas, caboclos, etc, mas não se reconhecem como dotados dessa ascendência ou preferem esconde – la para se bacanearem com outros tantos.

    O mau do identitarismo não é somente a importação de uma linguagem acusatória, sectária, revisionista e desagregadora de uma sociologia estadounidense de quinta categoria, mas seu colonialismo mental é tão grande que no afã de ser próximo dos “civilizados” vale achar que o “moderno”, o “mente aberta” é o outro, sendo bem claro, os EUA e a Europa Ocidental. E qualquer pessoa mais esclarecida do mundo sabe bem que essa parte do mundo que menciono acima só tem de diferente mesmo do resto do mundo, a arrogância e a megalomania para estarem sempre se auto elogiando.

    Indiscutivelmente penso eu que o Brasil É a referência a ser observada a se tratar de racismo e de valores das minorias sociais: ao mesmo tempo que existem ditames e regras ferrabrazes, há também uma percepção e uma prática altamente informal que despreza as regras estabelecidas para entender que entre a regra e a realidade existem uma grande diferença.

    Só a construção de uma linguagem brasileira, construída no Brasil, numa conversação de compatriotas para compatriotas pode ter uma real felicidade na percepção desses temas, respeitando nossa história, buscando precedentes dentro de nossa própria história e cultura para então aí sim se buscar uma solução de fato efetiva.

    Fora disso não é possível e está demonstrado no país inteiro o que está dando essa estratégia de rolo compressor.

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