No último programa Massa Crítica, falei uma coisa sobre o debate do PL das Fake News que quero reproduzir aqui para registro. Lá vai.
Essa deve ser a primeira experiência de muita gente com o Imperialismo.
Ao longo dos últimos anos, com a retomada de um debate nacional e pró-desenvolvimento no Brasil, me tornei um porta-voz (dentre muitos) de uma corrente deste campo.
Com o tempo, percebi que muita gente, muita mesmo, ignorava o conceito de Imperialismo.
Quando digo que ignoram, é tanto no sentido de não saber como no sentido de achar que é um conceito ultrapassado, invalidado pela história contemporânea.
Afinal, quem tem menos de 40 anos já nasceu na dita globalização, bombardeado por informação importada e soft powers os mais variados. Quem teria saco de se indignar com questões antigas, tipo Petrobras, Eletrobrás, infraestrutura, indústria nacional etc?
Para não falar na complicação que hoje em dia é você discutir as “perdas internacionais” de que o Brizola tanto falava. As finanças se especializaram tanto que hoje o pessoal acha até bom que elas existam, pois muitos ganham uns trocados na bolsa, nos criptos etc…
Mas eis que a História não cessa seus pinotes. E aquilo que é o coração da vida contemporânea, sem o que ninguém mais vive, traz de volta a realidade e atualidade do Imperialismo.
A indignação de um Felipe Neto, de uma Nath Finanças, de tanta gente bonitinha e modernete, com a intromissão do Google na discussão de uma lei nacional, foi algo bonito de ver.
Que aprendam como é desagradável, como é aviltante, como é inaceitável, que um poder econômico estrangeiro, a mando de seu Estado hegemônico, se intrometa na soberana discussão de uma lei nacional em nosso próprio país.
Este é o Imperialismo, crianças do digital. Ele nos coloca nesta condição de país bunda suja, em que qualquer um mete a mão sem maiores pudores, sabendo que, ao final, vai se dar bem.
Mas tem uma novidade a mais para vocês.
Que, de novidade, não tem nada.
Tem sido assim ao longo de toda a história!!!!!
E vocês despertaram para a indignidade disso agora porque mexeu com a internet. Mas tem sido assim com nossa economia, nossa política, nossa cultura, nossa sociedade como um todo.
Aprendam!
Fim
