Renda básica de cidadania: a migalha neoliberal criada por Milton Friedman

Renda basica de cidadania a migalha neoliberal criada por Milton Friedman
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O conceito de “imposto de renda negativo”, ou “renda básica de cidadania”, foi criado por ninguém menos que Milton Friedman, para mitigar os efeitos da desigualdade social gerada pelo neoliberalismo, e não para combatê-la.

SANDRONI, Dicionário de economia, 2016, E-book, p. 896: “Embora o termo tenha sido criado por Milton Friedman, ao apresentar um esquema sintético do sistema no seu livro Capitalismo e Liberdade, o Imposto de Renda Negativo tem sido preocupação de economistas convencidos da necessidade de ampliar transferências como uma componente da redução da pobreza. A ideia básica do Imposto de Renda negativo é taxar um nível de renda mínimo, e todos aqueles que não alcançassem esse nível receberiam uma quantia em dinheiro para complementar sua renda”.

SANDRONI, Dicionário de economia, 2016, E-book, pp. 777-778: “FRIEDMAN, Milton. Principal teórico da escola monetarista e membro da Escola de Chicago, para a qual a provisão de dinheiro é o fator central de controle no processo de desenvolvimento econômico. Para Friedman, as variações da atividade econômica não se explicam pelas variações do investimento, mas pelas variações da oferta de moeda. Assim, as intervenções multiformes do Estado na vida econômica de um país poderiam ser substituídas pelo controle científico da evolução da massa de moeda em circulação. A política monetária visaria à redução das intervenções da autoridade pública e à introdução no sistema de um grau mais elevado de autorregulação dos aspectos do ambiente social que constituem as determinantes básicas do funcionamento da economia. (e agora, a melhor parte) Foi conselheiro do governo chileno do general Pinochet”.

SANDRONI, Dicionário de economia, 2016, E-book, pp. 664-665: “ESCOLA DE CHICAGO. Escola de pensamento econômico monetarista, reunida em torno de Milton Friedman e outros professores da Universidade de Chicago. Apoiando-se numa forte crença nos mecanismos de competição e nas forças do livre mercado, a escola de Chicago é contrária a qualquer política pós-keynesiana de participação do Estado na expansão das atividades econômicas. A atuação de Friedman como conselheiro econômico do governo chileno do general Pinochet provocou veementes protestos de setores liberais da comunidade científica internacional, tornando conhecida do grande público a Escola de Chicago como inspiradora de recentes políticas econômicas ortodoxas recessivas, praticadas por governos autoritários sul-americanos”.

WIKIPEDIA: “Chicago Boys foi um grupo de jovens economistas chilenos que formularam a política econômica da ditadura do general Augusto Pinochet. Foram os pioneiros do pensamento Neoliberal, antecipando no Chile em quase uma década medidas que só mais tarde seriam adotadas por Margaret Thatcher no Reino Unido. A maioria destes economistas foram mais tarde estudantes de pós-graduação na Universidade de Chicago. Foram os responsáveis pelo ‘Milagre do Chile’, denominação dada pelo economista norte-americano Milton Friedman. No Brasil, é comum que a alcunha de Chicago Boy seja dada na mídia a economistas que tenham formação na Universidade de Chicago. Destacam-se o ex-ministro da Economia (de Bolsonaro do PL) Paulo Guedes (que lecionou na Universidade do Chile durante a ditadura de Pinochet) e o ex-ministro da Fazenda (de Dilma Rousseff do PT) Joaquim Levy”.

Parabéns, eterno Senador Eduardo Suplicy, ótima inspiração. O que importa é estar na miséria, mas ter o que comer, e não ter indústria, emprego digno e serviços públicos universais.

Por óbvio, estabelecer uma renda mínima não é um problema em si, ninguém é contra uma política que salve a vida de pessoas que estão na miséria. Mas isso não é redução da desigualdade, e nem desenvolvimento, é apenas uma migalha neoliberal. Um povo precisa de muito mais.