Onde está a esquerda brasileira?

Por Ricardo Cappelli - As pesquisas indicam que a esquerda, unida, vai ao segundo turno nas capitais. A Bolívia e o Chile estão gritando: é possível!
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Por Ricardo Cappelli – As pesquisas indicam que a esquerda brasileira, unida, vai ao segundo turno nas capitais. A Bolívia e o Chile estão gritando: é possível!

O projeto coletivo, a preocupação com o povo, acima de disputas mesquinhas e projetos individuais. A esquerda brasileira morreu?

Faltam apenas 20 dias. Se esquerda ainda existir no Brasil, no dia 5 de novembro todos os candidatos devem renunciar em apoio ao candidato do campo mais bem colocado nas pesquisas.

PT, PCdoB, PSB, PDT e PSOL têm a responsabilidade histórica de assumir publicamente este compromisso.

É o caminho para irmos ao segundo turno no Brasil inteiro, impondo uma dura derrota ao fascismo.

Por: Ricardo Cappelli.

  1. Se o autor quiser acreditar nisso, fique à vontade, mas sinceramente, creio que qualquer pessoa razoável não irá enxergar isso. Considerando o Brasil, conhecendo o povo brasileiro, as coisas em nosso país só se transformam quando há um clima já insustentável, quando todas as desculpas se esgotam e a realidade vem à tona, cortando na carne mesmo.

    Só haverá futuro na esquerda brasileira com a derrocada do PT e a morte do petismo e que se entenda bem: o petismo é uma forma de pensar. Nascida do produto de marxistas convertidos ao liberalismo pela crise de consciência enfrentada pela ditadura, do liberalismo de esquerda do Paris de 1968 e do liberalismo esquerdista uspiano, o PT muito critica a estrutura monolítica do PCB, mas na prática, age da mesma forma. Impondo a perspectiva liberalóide esquerdista Uspiana, somada ao egocentrismo paulista e a mentalidade de submeter o Brasil ao sudeste, temos hoje o nosso panorama.

    A esquerda brasileira só vai a frente no dia que o PT perder Lula e esse partido acabar. Fora isso, só será uma corrida por fora (que é claro, tem que se iniciar o mais rápido possível).

  2. E no caso de empate técnico, quem é que retira a candidatura? Não estou nem trollando, só trazendo para o debate apenas um dos inúmeros problemas em querer usar pesquisa eleitoral para forçar uma unidade que não foi conseguida na negociação e no debate.

  3. A opinião do Ricardo Cappelli poderia fazer sentido caso ele não mencionasse “segundo turno” e sim que os partidos deveriam abrir mão de suas candidaturas em prol do candidato com “maior chances de ganhar”. Alem, claro de ser uma opinião um tanto simplista, pois é fundamental analisar caso a caso, qual a composição do voto de cada um , as simulações etc etc. A ideia de que precisa investir no candidato que tem chance de ir pro segundo turno não faz o menor sentido racional: pensar assim ou é má-fé ou é de uma falta de compreensão do processo muito grande , pois esquece de mencionar que em boa parte dos casos o candidato a frente no primeiro turno não é o que tem chances de ganhar. A eleição deve ser vista a partir do segundo turno (que é a eleição de fato). Assim se escolhe para colocar pra competir o candidato com chances de ganhar a eleição. O próprio autor falou que a esquerda tem condições de colocar um candidato no segundo turno. Então que se coloque o candidato com chances de ganhar.

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