Nassif, o pena-paga do PT, está apavorado com Aldo e Ciro

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O jornalista Luís Nassif escreveu um artigo tentando atacar Ciro Gomes e Aldo Rebelo comparando-os com Vladimir Putin e Alexander Dugin. Tirando o fato de que nem Ciro, tampouco Aldo, tem qualquer tipo de relação política ou sequer teórica com Putin e Dugin, fica a dúvida, Nassif é fã ou hater?

Putin é um dos estadistas mais bem sucedidos do planeta há pelo menos duas décadas. Tirou a Rússia do neoliberalismo, (re)nacionalizou a indústria do petróleo e gás, e encarcerou os oligarcas mafiosos que roubavam e evadiam para paraísos fiscais a renda dos russos proveniente dos recursos naturais. Já Dugin, nada mais é que um teórico da geopolítica nacionalista russo, sua obra tem certa aderência em setores mais radicalizados do nacionalismo eurasiano reativo ao imperialismo ocidental, mas sua suposta influência no governo de Putin é ridiculamente superestimada tanto por seus seguidores como por seus detratores.

Pois bem. O fato é que Ciro Gomes e Aldo Rebelo não tem qualquer relação com o nacionalismo russo, e sim com o NACIONALISMO BRASILEIRO.

Suas fontes teóricas são BRASILEIRAS, como José Bonifácio, Euclides da Cunha, Gilberto Freyre, Celso Furtado, Darcy Ribeiro, Roberto Mangabeira Unger.

Suas trajetórias biográficas são a defesa do INTERESSE NACIONAL DO BRASIL, como a industrialização, a estabilização monetária, a transposição do Rio São Francisco, o Código Florestal, o submarino nuclear, os direitos trabalhistas, o SUS, a ocupação e preservação da Amazônia, a construção de hidroelétricas, estradas, ferrovias, portos, aeroportos, refinarias de petróleo, enfim, o investimento público no desenvolvimento e no bem-estar social do povo BRASILEIRO.

Agora vamos falar da motivação do artigo de Nassif que se pretende um ataque e acabou por ser um “elogio” e, no fundo, mera demonstração de pânico.

Primeiro, o lugar de fala: Luís Nassif é um jornalista decadente que nos anos 1990 e começo dos anos 2000 trabalhava para a grande mídia oligopolista e foi “comprado” pela mídia “progressista” durante os governos do PT. Da Folha de São Paulo para o Blog do Nassif. Como blogueiro, sua relação com o petismo tornou-se questão de sobrevivência material. Quem passou a bancar suas opiniões não eram mais os anunciantes dos grandes meios de comunicação que antes o empregavam, e sim a propaganda estatal fornecida pelos governos petistas. Tudo certo. Nada de ilegal nisso. Só é importante saber quem paga a banda para entender a escolha da música.

Agora, o pânico: a pena-paga de Nassif está expressando a preocupação do PT com a articulação da influência de Aldo Rebelo no mais importante setor produtivo brasileiro da atualidade, a agropecuária, e o projeto partidário herdeiro do trabalhismo de Getúlio Vargas e Leonel Brizola do PDT agora liderado por Ciro Gomes.

Aldo Rebelo justamente defende e representa os interesses da agropecuária e sua articulação com os interesses urbano-industriais. Após 30 anos de desindustrialização sob os governos neoliberais do PSDB e do PT, o agronegócio tornou-se a sustentação do PIB e das exportações que garantem a soberania monetária do Brasil perante o dólar. Ocorre que o campo é um grande mercado consumidor da indústria e também sofre com a desindustrialização. O agricultor precisa tanto das máquinas produzidas nas cidades, como da ciência produzida nas universidades.

O candidato ao Senado pelo PDT não faz campanha em Moscou ou São Petersburgo. Aldo Rebelo caminha pelo interior de São Paulo acompanhado de gente como Márcio Lopes de Freitas, presidente da OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras); Bruno Rangel Geraldo Martins, presidente da COPLANA (Cooperativa Agroindustrial); Emerson Rodrigo Camargo, prefeito de Jaboticabal; Francisco Matturro, Secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo; Roberto Rodrigues, ex-Ministro da Agricultura do Governo Lula; e por aí vai, sendo recebido com muito respeito e entusiasmo por diversas lideranças políticas e econômicas do Brasil produtivo.

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Da esquerda para a direita: Márcio Lopes de Freitas (presidente da OCB), Aldo Rebelo (candidato ao Senado), Emerson Rodrigo Camargo (prefeito de Jaboticabal), Roberto Rodrigues (ex-Ministro da Agricultura), Renata Assirati (presidente da Câmara Municipal de Jaboticabal), Francisco Matturro (Secretário de Agricultura e Abastecimento) Bruno Rangel (presidente da COPLANA).

Além disso, tanto Ciro Gomes como Aldo Rebelo, não se submetem à censura do identitarismo da esquerda pós-moderna do PT e PSOL. Essa também é uma questão que assusta o blogueiro petista. Pragmático, Nassif sabe que um governo do PT precisa de amplos apoios desses setores da agroindústria que apoiam Aldo Rebelo, e que estão imersos na cultura rural do Brasil profundo e real, e não da classe média das grandes cidades cosmopolitas.

É disso que se trata o pavor de Nassif perante um PDT liderado por Ciro Gomes e Aldo Rebelo. Da capacidade deles de liderarem o verdadeiro nacionalismo brasileiro contra o liberalismo petista em todos os campos da disputa política.

O petismo foi, é, e sempre será inimigo do trabalhismo, seja no sindicalismo na disputa entre o “novo sindicalismo” liberal da CUT contra a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) criada por Getúlio Vargas, seja na política econômica rentista e assistencialista contra o desenvolvimentismo com direitos sociais. Mas, também, senão principalmente, na cultura, com o identitarismo pós-moderno que odeia a história nacional contra o nacionalismo que valoriza os estadistas históricos que construíram a nação como Dom Pedro I, José Bonifácio, Floriano Peixoto, Getúlio Vargas, Juscelino Kubitschek, João Goulart, Leonel Brizola, assim como defende as cores da bandeira do Brasil e a camisa da Seleção Brasileira, enfim, os símbolos nacionais amados pelo povo.

  1. Comparar José Bonifácio e Gilberto Freire com Celso Furtado e Darcy Ribeiro já me parece uma generalização forçada, mas incluir Roberto Mangabeira Unger entre esses nomes aí… parece que primeiro teria que delimitar o que se consideraria “nacionalismo”.

    Aliás, considerar Aldo Rebelo que teve longa passagem em um partido internacionalista e que efetivamente apenas fez uma lei contra “estrangeirismo” na escrita brasileira… Parece ainda mais forçado encaixar o mero discurso com os feitos (ou não feitos). E o cortejo de Aldo Rebelo ao Agro (que contribui para a desindustrialização tanto pela força que tem em se apropriar de privilégios do orçamento público para subsídios ou isenções que poderiam ser direcionados para setores que empregam mais ou também na promoção da “doença holandesa” para a indústria nacional) não me parece nem lógica e nem adequada ao partido atual em que se encontra.

    Reflitam também sobre o “identitarismo”, pois o PDT (partido que abriga hoje Ciro e Aldo Rebelo) se notabilizou por apoiar o identitarismo (em suas alas ou “movimentos” como: diversidade, axé, cristãos, indígena, negro, juventude, etc) e teve candidatos reconhecidos pelo seu identitarismo como Juruna, Caó, Abdias do Nascimento… e hoje pode ter entre os deputados mais votados de 2022 a Duda Salabert em Minas Gerais ou a Leo Kret na Bahia.

    Por fim, acredito não ser correto acusar um jornalista de “pena paga do PT” sem provas, muito menos fazer um texto buscando desqualificar o jornalista… porém acaba desqualificando o PDT na defesa de cortejamento ao Agro (que não tem e na história nunca teve de nacionalista e muito menos quis solucionar a desigualdade nacional) ao invés de se buscar direcionar seus esforços para os mais humildes da nação, como nunca esqueceria Brizola.

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