Lula não sumiu

Lula não sumiu
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No dia em que o derretimento do governo começa a ganhar contornos dramáticos, com revelações de corrupção nas negociações pelas vacinas e a entrega de um pedido coletivo de impeachment no Congresso, uma pergunta corria o país.

Onde estava Lula?

O ex-presidente só hoje, sob pressão das redes, voltou a pronunciar a palavra ‘impeachment’, sem pedir, novamente, o impedimento de Bolsonaro. Por que esse cuidado todo? A última vez que ele tinha o feito antes de hoje, em fevereiro, foi para desmobilizar o movimento pelo impedimento do presidente genocida.

O homem que assinou pedido de impeachment de Collor, FHC e pasmem, até de Itamar Franco, não assinou até agora um único pedido de impeachment do pior e mais criminoso presidente da história, Jair Bolsonaro.

Mas Lula não sumiu, ele está onde sempre esteve. Articulando em benefício próprio sem qualquer consideração pelo destino do país.

Rumores, e é claro que não posso prová-los, dão conta de que está articulando contra o impeachment, e vai circular o Nordeste semana que vem pedindo aos governadores aliados para desmobilizar as bancadas.

Há pelo menos três motivos para Lula fazer isso nesse momento. Dois claros, o terceiro, obscuro.

O primeiro é “deixá-lo sangrar”. Pensando nas eleições de 2022 exatamente como pensou nas eleições de 2018, desmobilizando o movimento pelo impeachment de Temer, Lula hoje passa por cima dos cadáveres de 530 mil brasileiros – e de todos aqueles que ainda morrerão pelo genocida estar no poder – para enfrentar Bolsonaro nas eleições de 2022 e manter o país polarizado.

O segundo é que o impeachment de Bolsonaro transitou subitamente de acusações sobre conduta criminosa e negligente na pandemia para acusações graves de corrupção, envolvendo ex-aliados e ex-colaboradores de Lula. E cá entre nós, é evidente que Lula não pode acusar ninguém de corrupção. Se a pauta da eleição voltar a esse campo, ele corre sérios riscos.

Mas há, eu acredito, um terceiro e obscuro motivo para a conduta de Lula. Todos sabem que, há alguns meses atrás, houve um acordo entre Bolsonaro e Lula para decretar a suspeição de Moro. Qual foi a moeda de troca de Lula nesse acordo? Fica ao leitor a indagação.

De qualquer forma, salta aos olhos de todos o absurdo da situação de uma liderança que, de dia, manda organizações sob seu controle irem às ruas arriscar suas vidas e a dos outros numa pandemia, aumentando a propagação do vírus para enfraquecer seu concorrente. De noite, articula a permanência do concorrente no poder por cálculo eleitoral.

Mas convenhamos, é só Lula sendo Lula.

  1. Isso mesmo. É Lula sendo Lula, o mesmo escorpião canalha, egoísta e caudilho de sempre. Não tem vergonha alguma de desprezar as famílias de mais de 510 mil mortos para ter seu adversário nas eleições 2022. Só pensa em poder, em seu projeto de poder neoliberal de vermelho. E ainda tem petralha que quer nos empurrar que esse sapo barbudo é “a solução”. Canalhice!! Sou ex-eleitor de Lula e do PT dele nos dois turnos de 2006 e, ainda que as pesquisas digam que ele tem “mais chance” de derrotar o bandido corrupto e genocida que está sentado na cadeira de presidente hoje, jamais terá meu voto novamente!! Lula nunca mais!! PT nunca mais!!

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