O PDT e as manifestações pelo impeachment

O PDT e as manifestações pelo impeachment
Foto: Paulo Pinto / AFP
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Por Rennan Ziemer – O governo Bolsonaro está cada vez mais fraco. Além das milhares de mortes e da crise econômica, o escândalo de corrupção na compra das vacinas Covaxin é muito mais grave do que as causas que levaram ao impeachment de Collor e Dilma. A grande novidade que as gerações que cresceram durante o período democrático nunca presenciaram foi a ascensão da extrema-direita ao poder, que coopta militantes à base de estratégias de comunicação complexas e difíceis de entender. Há uma grande proliferação de mentiras e teorias da conspiração que para nós militantes de esquerda simplesmente são tão absurdas que é difícil imaginar que alguém vai acreditar. Aqui nós falhamos, pois milhões de pessoas foram enganadas e continuam ao apoiar o presidente. Nosso adversário eleitoral não é o neoliberalismo esclarecido do PSDB, o inimigo atual é o fascismo.

O momento atual é o ideal para grandes manifestações e o PDT deve participar de todas, passeatas, bicicletadas, carreatas e militância online. Mas é preciso ter em mente que uma manifestação pelo impeachment é diferente de uma campanha eleitoral. Nas eleições, é possível que um candidato à presidência chegue ao segundo turno com algo em torno de 25% dos votos válidos, que já exclui brancos, nulos e abstenções. Ou seja, mesmo sendo minoria, a esquerda tem poder de levar pelo menos um candidato ao segundo turno, para depois haver uma disputa de rejeições entre os dois mais votados.

O impeachment é algo completamente diferente, é preciso ampla rejeição ao governo, o nível de aprovação deve estar pelo menos abaixo de 20% para que o Congresso Nacional coloque suas engrenagens para funcionar. A esquerda isolada não tem poder suficiente para viabilizar um impeachment, é preciso apoio do centro e da direita democrática para se atingir ampla maioria da opinião pública em favor da derrubada do governante.

As atuais mobilizações não observam essa necessidade. Há uma hegemonização das organizações em torno de partidos de esquerda, tanto entre as entidades organizadoras, mas principalmente nas bandeiras levantadas, na sua maioria vermelhas e do PT, que funcionam como um repelente para cidadãos que não se identificam com a esquerda e com escândalos do passado recente.

Portanto, é papel do PDT criar essa ponte com partidos e organizações de centro e direta democrática para conquistar o apoio de grande parcela da população, criando eventos e protestos paralelos que acolham esse público que está insatisfeito com Bolsonaro, mas que também não aceita o retorno do petismo. Inclusive, como se verifica das últimas campanhas de comunicação, é este público que o Ciro pretende atingir com seus novos vídeos.
O petismo está fazendo corpo mole em relação ao impeachment e todo mundo sabe o motivo: o PT está praticamente garantido no segundo turno e o adversário preferencial é o Bolsonaro com sua enorme rejeição. Por isso o papel do PDT e de seus movimentos de base deve ser mobilizar e articular manifestações próprias, convidando forças de fora da esfera de influência petista para organizar protestos.

Por Rennan Ziemer, presidente do PDT Diversidade Paraná

  1. Pelo visto, a corrente mais consistente do PDT é a formada por indivíduos de direita (seriam quinta colunas?) que trabalham para solapar a unidade das forças democraticas e populares em uma Frente AMPLA Antifascista, orientando-se por projetos individuais eleitoreiros, carentes de princípios. Indivíduos profundamente nefastos, que deveriam ser tratados como provocadores da direita pelos militantes da esquerda. Não há como um partido como o PCdoB se aliar a um partido como o PDT, lotado desses desprezíveis indivíduos. Isso é realmente uma grande pena. Cada vez lamento mais ter recomendado, em 2018, Ciro Gomes como candidato de uma Frente Ampla Antifascista. A quantidade de oportunistas nas fileiras do PDT parece ser bem maior que a de militantes consequentes, honestos.

  2. Me permita discordar de você caro Darcy. O PT cometeu seu maior erro ao vetar, eu disse VETAR, a Auditoria da dívida pública. A Dilma teve a caneta na mão para cumprir a CF88 e acabou se rendendo aos banqueiros. Depois de muita luta da esquerda, foi aprovado no congresso federal a auditoria, mas a DILMA VETOU !!! TRAIU A ESQUERDA. Agora O PL 3877/2020, do senador Rogério Carvalho (PT/SE), cria a figura dos “depósitos voluntários remunerados” pelo Banco Central aos bancos, “legalizando” a remuneração da sobra de caixa dos bancos que tem sido feita mediante o abuso na utilização das chamadas “operações compromissadas”. Este é a esquerda que você defende? Agora o PL aprovado vai para sanção presidencial. Bolsonaro e banqueiros adoraram o projeto. Mas Bolsonaro seria homem de vetar uma lei Petista? Toda esquerda mobilizada para o Bolsonaro VETAR. E o PT, vai ficar do lado dos banqueiros, de novo? Eu como homem honesto, consequente, trabalhador, que pago meus impostos rigorosamente em dia, não posso aceitar isso do PT. Claro que se o Bolsonaro for para o segundo turno, vou votar no menos pior. Não sou de direita, sou filiado ao PCdoB, mas depois dessa do Flávio Dino abandonar o PCdoB para apoiar o LULA, foi demais. Vou para o PDT. PCdoB não tem opinião própria? Sempre será um puxadinho do PT? Tô fora ! #ciro2022 #auditoriadadividaja #bolsabanqueiro #quemtemmedodaverdade

  3. Permita-me discordar de você Darcy.
    Estou filiado ao PCdoB e me decepcionei com o Flávio Dino (que é um grande brasileiro) ao sair do PCdoB para apoiar o Lula. Depois dessa vou para o PDT. Digo isso por ter me decepcionado com o PT / Dilma, quando ela vetou, eu disse VETOU, a AUDITORIA DA DÍVIDA PÚBLICA, arduamente aprovada pelos partidos de esquerda no Congresso Federal. Ela estava com a caneta nas mãos para fazer cumprir a CF88, mas se rendeu aos BANQUEIROS. Em minha singela opinião, esta foi uma traição a esquerda. Agora, para minha surpresa, o PL 3877/2020, do senador Rogério Carvalho (PT/SE), cria a figura dos “depósitos voluntários remunerados” pelo Banco Central aos bancos, “legalizando” a remuneração da sobra de caixa dos bancos que tem sido feita mediante o abuso na utilização das chamadas “operações compromissadas”. Banqueiros em festa! Agora seria a hora do Bolsonaro vetar um projeto PETISTA, não é mesmo??? Mas como, se o Bolsonaro está do lado dos banqueiros? A esquerda RAIZ está cobrando do Bolsonaro o veto a este projeto nefasto para a nação. Onde está a esquerda? PCdoB está de que lado? Eu, tô fora! Sou um homem consequente, honesto, trabalhador e pago meus impostos rigorosamente em dia. Não vou mais aceitar pagar por uma dívida que não é minha. Ciro Gomes está do lado da AUDITORIA DA DÍVIDA PÚBLICA e eu estou em ele. Segundo turno agente vota no menos ruim… mas 1º turno é #ciro2022 – #auditoriadadividaja #éhoradevirarojogo #quemtemmedodaverdade

  4. Essa é boa! Não entendi lhufas. O Flavio Dino assume uma posição personalista, oportunista, comportando-se como um politico da ordem (da mesma forma que sempre se comportou Ciro Gomes, que troca de partido como trocamos de cuecas) que se considera acima dos partidos; transfere-se, em função de um projeto pessoal de poder, para o PSB, um partido de centro, como o PDT (provavelmente cooptado por Lula, que deve ter lhe oferecido a candidatura de vice-presidente), e o Ricardo, que também tem sobrenome Brasil, se sente indignado com o PCdoB, partido traído por Flávio Dino, deliberando fazer quase o mesmo que o governador do Maranhão. PS: a sua resposta nada tem a ver com a minha critica à visão estreita de quem propôs sabotar a unidade nas ruas contra Bolsonaro, defendendo uma divisão da oposição em dois blocos desunidos, o que somente interessa aos fascistas, porque confunde as manifestações de rua com comícios eleitorais. Por último, espero que você tenha aprendido alguma coisa no PCdoB, Ricardo, tendo ido, como eu, às manifestações contra Bolsonaro, que devem ser plurais, amplas, suprapartidárias, para serem vitoriosas. Somente a luta dos trabalhadores e do povo nas ruas, no dia a dia, transformará o Brasil. Nem Lula, nem Ciro nem Dino poderão substituir o protagonismo das lutas do povo. Quem não compreende isso, preferindo mistificar as eleições da democracia de fachada burguesa, a ponto de sabotar a unidade nas lutas não-institucionais em nome de um candidato em uma eleição que sequer sabemos se será realizada, é , no mínimo, um alienado político.

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