Sintonia, juventude, cinema na quebrada

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Por Wallacy Santana – A série Sintonia, dirigida e produzida pela produtora Kondzilla, retrata acontecimentos normais que não fogem do senso comum de quem reside nas periferias brasileiras.

Qual periférico nunca se deparou com a agiotagem a luz do dia? Ou até mesmo o tráfico de drogas imperando entre becos e esquinas? Essas situações não beiram a anormalidade, apenas condiz com o cenário do Brasil – um dos países mais desiguais do mundo, em termos proporcionais.

Um série dirigida por uma produtora privada, também nos traz outro entendimento ligado ao pouco investimento cultural por parte do Poder Público. Esse paralelo se define visivelmente após a eleição do “Presidente” Jair Bolsonaro, com sua retórica de que a “mamata acabou”.

Em termos gerais, o desalento cultural no Brasil começou após a extinção do Ministério da Cultura. Desde então, o investimento e toda fomentação artística se viu perdida. Um país com uma rica história, se contrapõe a uma massa gigantesca que consome cultural estrangeira, porque não há investimento público.

Ao comparamos o Brasil com a Coreia do Sul, percebemos o quanto nossa defasagem cultural está prejudicando, também, nossa economia. Enquanto a Coreia do Sul investiu em 2021 mais de 31 bilhões na área do esporte, turismo e cultura. Já o Brasil, 4,6 milhões. Inúmeros sucessos culturais dos Coreanos estão em alta no mundo, como por exemplo a série Round 6.

Nitidamente perdemos não apenas culturalmente, mas também economicamente e no desenvolvimento social do Brasil. Todo e qualquer país precisa prioriza o investimento cultural, através do ponto que reproduz sua própria é verdadeira cultura. Não se faz uma sociedade brasileira desenvolvida, sem ações do Poder Público que visam, basicamente, o fomento, o desenvolvimento e a geração de renda e emprego, através do meio artístico e cultural.

Por Wallacy Santana, líder comunitário e filiado ao SOLIDARIEDADE.