O PT não consegue fazer Ciro Gomes desistir

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Impressiona a resiliência de Ciro Gomes e a reação do seu eleitorado ao assédio petista. Esse é o sentimento dentro do comitê de campanha de Lula. Após uma sequência avassaladora de declarações de artistas, intelectuais, líderes de movimentos sociais, políticos, e, principalmente, de jornalistas exigindo a renúncia da candidatura de Ciro e acusando o seu eleitorado de ‘fascista’ ou ‘bolsonarista’, os petistas de alta cúpula estão preocupados em diminuir o tom para evitar uma onda de abstenções dos ciristas em um eventual segundo turno entre Lula e Bolsonaro.

Foram semanas de ataques coordenados e violentíssimos à candidatura presidenciável do PDT organizados pelos monopólios de mídia como Folha, Estadão e Globo, das máfias que controlam as gravadoras musicais, os estúdios de cinema e televisão, enfim, toda a economia política da comunicação nacional se unificou contra Ciro Gomes. Mas ele não desiste, e nem o seu eleitorado.

Nem a declaração de voto de Caetano Veloso em Lula, nem o “conselho” envergonhado de Tico Santa Cruz para o PDT esperar chance melhor em 2026, nem as digressões eruditas do ex-antipetista e neolulista Reinaldo Azevedo, todos coagidos por produtores culturais como Paula Lavigne, por editores da UOL/Folha, diretores da Globo, foram capazes de derrubar a fibra moral de Ciro Gomes, e nem dos ciristas apaixonados por seu líder, e nem dos militantes de seu partido.

No Mesa 12, programa de comentários políticos da CiroTV criada por João Santana para disseminar as ideias do Projeto Nacional de Ciro Gomes na internet, o filósofo Gustavo Castañon expressou muito bem o sentimento da militância cirista: “Nós não vamos desistir. O pau vai comer!”, e explicou as razões da coragem resoluta tanto de Ciro como de sua militância para a manutenção de sua candidatura em condições tão adversas. A campanha de destruição que o PT, a mídia monopolista e a máfia controladora da cultura no Brasil fazem contra Ciro não é apenas por antipatia a ele pessoalmente, mas contra um campo político, contra uma corrente ideológica, contra um conjunto de ideias.

Trata-se de uma batalha de vida ou morte que está sendo travada contra Ciro. Vida ou morte do PDT. Vida ou morte do trabalhismo. Vida ou morte do nacionalismo. Vida ou morte do desenvolvimentismo. Vida ou morte dos símbolos nacionais. Vida ou morte da memória dos fundadores e construtores nacionais do Brasil.

É isso que unifica a Globonews e o Brasil 247, da Praça de São Salvador em Laranjeiras ao Beco do Batman na Vila Madalena, aos prédios espelhados da Faria Lima até chegar no armazém de comida vegana do MST na Santa Cecília, de Guilherme Boulos psicanalista rico da periferia do Campo Limpo ao Geraldo Alckmin descendo o cassetete em professores, de Luciana Genro trotskista ao Henrique Meirelles do Teto de Gastos. Acabar com o trabalhismo, o nacionalismo e o desenvolvimentismo. Essas ideias são intoleráveis para o sistema financeiro e de comunicação, portanto, não podem estar no debate público e eleitoral do Brasil.

Os inimigos do trabalhismo que construiu o Brasil moderno não conseguiram matar a candidatura de Ciro em 2018, quando previa-se que ele ia “marinar”, e ele se consolidou como líder da terceira maior força política do país após o colapso da hegemonia do PT/PSDB com a queda de Dilma e desmoralização de todos os líderes tucanos que hoje apoiam Lula.

Em 2022, novamente, não conseguiram na pré-campanha, e nem durante a campanha. Nessa última semana às vésperas do primeiro turno, o PT e a Globo vivem um dilema estratégico difícil. Partir para mais uma tentativa de destruir o campo político nacionalista e trabalhista de uma vez por todas e correr o risco de mais uma reação enfurecida da militância cirista, ou tentar apaziguar a indignação de um eleitorado convicto que passou os últimos 4 anos sendo ofendido por poderosas máquinas de comunicação financiadas em dólar.

De um jeito ou de outro, o que ficou claro é que Ciro Gomes não pode ser comprado e muito menos intimidado. E esse exemplo do líder inspira sua militância e seus correligionários de partido, que também não cedem à chantagens, assédios, e também não se iludem com falsas promessas de apoios eleitorais futuros, e nem às ofertas de carguinhos ou dinheirinhos no varejo da governança política brasileira. Ninguém acredita em golpe do fascismo malvadão de Bolsonaro, e muito menos nas promessas cínicas de Lula.

Ciro Gomes, os ciristas e o PDT vão até o final. Das duas, uma. Ou Ciro Gomes conseguirá uma heroica arrancada na última semana antes da votação, quando o povo finalmente dará atenção às eleições e será impactado pela intensificação da campanha na internet, e chegará ao segundo turno para vencer qualquer um dos dois adversários, ou então fará oposição a qualquer um que seja eleito. E para fazer oposição, contará com o partido histórico do trabalhismo, e uma militância apaixonada por seu líder e cada vez mais organizada nas redes e nas ruas.

Tanto Lula como Bolsonaro querem se livrar dessa oposição trabalhista, desenvolvimentista e nacionalista. Porém, os símbolos de Getúlio Vargas, de João Goulart, de Leonel Brizola, não serão destruídos e continuarão sendo empunhados por Ciro Gomes e sua militância, seja de dentro do Palácio do Planalto ou de fora na Praça dos Três Poderes resistindo contra a continuação da destruição nacional de FHC, Lula, Dilma, Temer, Bolsonaro, e quem quer que seja.