E da série barbaridades econômicas, a última é o crescimento da importação de diesel. Já ouvi de diretores da Petrobras, na época da campanha anterior, que a Petrobras iria se dedicar ao que fosse mais lucrativo, e que se fosse apenas a extração, assim seria.
Pois bem, ao invés de investir nas refinarias e moderniza-las, resolveram fechá-las ou diminuir a produção. Resultado: estamos importando diesel, um insumo essencial para o país, e pagando caro por isso. Este ano, estamos importando 57% a mais que o ano passado, diz o uol.
Alguns colegas economistas dizem que a Petrobras não é uma padaria, em que não há concorrência de importados, o que torna mais fácil estabelecer uma margem sobre os custos. Realmente, a Petrobras não é uma padaria, mas a explicação é justamente a oposta.
Com todo o respeito às padarias, que adoro, a Petrobras não é uma pequena empresa dentre outras tantas no país. Ela produz insumos estratégicos para nós, e a sua produção deve ser planejada para auxiliar no processo de desenvolvimento do país.
Deve ser devidamente remunerada sim, mas seu objetivo não pode ser, como eu ouvi, a “maximização do lucro dos acionistas”. Eles devem ser remunerados, mas em função do bom exercício do papel estratégico da empresa. Essa é a grande questão a ser discutida em relação à Petrobras.
