As ideias velhas de Washington (para nós, é claro)

As ideias velhas de Washington perdas internacionais
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Caramba, descobri quem é esse Oriovisto hoje, nesse debate com o Lupi. O cara era o presidente do Grupo Positivo, e ele ilustra bem a ignorância do empresário médio brasileiro, que acha que macroeconomia é uma extensão da microeconomia. O sujeito não sabe o que são “perdas internacionais” até hoje.

Perdas internacionais, superficialmente, são as perdas de moeda forte de uma nação. Envolvem não só o pagamento de juros da dívida externa, mas principalmente as remessas de lucros das multinacionais para o exterior. Quando em desequilíbrio, a balança comercial também pode contribuir para isso. E quando o capital quer sair daqui, tem que ser trocado por dólar, porque o real não é aceito como moeda de troca.

Esse problema não é somente monetário, a desvalorização de nossa moeda se reflete na riqueza física que exportamos e que importamos. É para pagar a conta de nossa moeda fraca que exportamos a carne e ficamos com o osso para comer. Nos tornamos uma nação que está sofrendo um processo de extração pura sem conseguir trazer bens de produção para sairmos desse buraco.

As “ideias velhas” a que se referia Oriovisto são as de defesa da indústria nacional, de substituição de importações, de estado indutor e soberano que nos levaram a ser o país que mais cresceu no planeta. Hoje, são as ideias adotadas por todo o Oriente, China a frente. As “ideias novas” do Oriovisto são as que dominaram o Brasil a partir do meio dos anos 90 e nos tornaram a nação mais fracassada do planeta. Com crescimento zero.

Esse sujeito, e seu candidato de Washington, Mr. Moro, nem coram em continuar com o projeto de destruição nacional. Hoje mesmo Mr. Moro prometeu privatizar a Petrobrás, cujos dividendos hoje já são 42% enviados para fora, para os acionistas internacionais, ampliando as perdas internacionais que o Senador Oriovisto não sabe o que são até hoje.

Com eles no poder, elas irão a 100%, numa Petrobrás desnacionalizada.

E para nós? Ficará o osso.

Mas não vai ter pra todo mundo.