Por Lucas Rubio – Há 9 anos, em 2 de Maio de 2014, acontecia o Massacre de Odessa, na Ucrânia.
Após o Euromaidan, o golpe de Estado que ascendeu ao poder uma junta governamental pró-Ocidente e fascista em Kiev, várias localidades do país presenciaram revoltas e manifestações de oposição ao movimento.
A nova junta governamental se apoiou em grupos paramilitares e milícias armadas claramente nazistas e saudosistas das forças colaboracionistas ucranianas do período da Segunda Guerra Mundial.
Na cidade de Odessa, por ocasião do 1º de Maio, Dia do Trabalhador, gigantescas manifestações foram convocadas pelos sindicados e partidos políticos contra o golpe.
As manifestações, porém, foram respondidas com violência aberta por parte dos milicianos fascistas, embebedados da doutrina anti-comunista.
Os eventos acabaram se desenrolando até o dia seguinte, 2 de Maio, quando os grupos de manifestantes resolveram se abrigar na Casa de Sindicatos de Odessa. As tropas fascistas se aproximaram do prédio e incineraram o lugar, que estava lotado de gente.
Pedras, tiros, coquetéis Molotov e todo tipo de explosivo foram jogados dentro do prédio, que se incendiou. Quando alguém tentava fugir pelas janelas ou saídas, era morto. Não, não estou falando da Segunda Guerra Mundial da década de 1940, estou falando de Odessa em 2014.
No total, 48 pessoas morreram e 250 ficaram gravemente feridas. O grupo de vítimas inclui jovens, mulheres, idosos e trabalhadores. Uma das mais jovens vítimas foi o comunista Vadim Papura, que tinha apenas 17 anos. Ele morreu queimado.
9 anos depois do Massacre de Odessa, o cenário mudou um tanto. As tropas paramilitares fascistas que foram empregadas em várias outras situações, como na guerra no Donbass, agora lutam praticamente fragmentadas contra os russos, que entraram na Ucrânia na operação militar.
Memória eterna aos trabalhadores, jovens, ativistas, sindicalistas e comunistas vítimas do bárbaro Massacre de Odessa!
Por Lucas Rubio
