O tricampeonato do Ceará na Copa do Nordeste, conquistado ontem contra o Sport, transforma o clube no terceiro maior vencedor desta competição disputada pela primeira vez em 1994.
Os maiores campeões são Bahia e Vitória, com quatro conquistas cada.
Por um lado, é consequência da boa administração dos grandes clubes cearenses. O Fortaleza tem duas Copas do Nordeste, boas posições recentes no Brasileiro e campanha de respeito na Libertadores da América.
Mas há outro componente que fundamenta esse sucesso: o desenvolvimento econômico do Ceará.
Se analisamos a performance por UF, a Bahia conta com 8 taças, o Ceará 5, e Pernambuco tem 4.
O Ceará vem deslocando os tradicionais clubes de Recife como centro de futebol capaz de disputar o domínio com Salvador.
Ora, segundo projeções, a população da Região Metropolitana de Fortaleza superou a de Salvador e de Recife, e hoje é a maior do Nordeste e a sexta maior do país, cada vez mais próxima da de Porto Alegre.
Os primeiros sinais do censo indicam que Fortaleza é a quinta cidade mais populosa do Brasil, acima de Belo Horizonte, e com um milhão de habitantes a mais que o Recife. Mantendo a tendéncia atual, Fortaleza se tornará mais populosa que Salvador na próxima década.
Antes da pandemia, a participação do Ceará no PIB nacional era crescente e ameaçava a segunda posição de Pernambuco.
Não surpreende, portanto, o brilho das equipes do Vozão e do Leão do Pici, que adquirem protagonismo regional e respeito nacional.
Por trás da boa gestão, há um lastro de crescimento econômico.
