Lulackmin é um problemão para o PSOL

Lulackmin é um problemão para o PSOL
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LULALKMIN? E lá vem de novo a tentativa de casar burro com vaca, numa dobrada que vai gerar algo bizarro: um rebento incapaz de dar leite ou de puxar carroça.

LULA E ALKIMIN, protagonistas durante décadas de polos contrários do debate político brasileiro, pelo menos no simbolismo, não têm mais o que mostrar de afeto que não se encerra entre os dois no cenário atual.

O QUE FICA claro, independentemente do que resulte dessa pantomima, é que Lula não oculta sua visão de que o social-liberalismo é o limite mais avançado do que se pode prever em seu próximo governo. O que coloca um problemão no colo da parcela dirigente do PSOL, já engajada numa aba do chapéu do lulopragmatismo, e esperando abril para ter coragem de explicitar.

COMO VAI explicar a subalternidade indevida depois das seguidas rasteiras e desprezo com que Lula e o PT vêm tratando o partido, como se tal apoio não tivesse mais que ser disputado pois outra alternativa não lhes restasse?

COMO BOULOS vai encontrar saída para uma candidatura lançada ao governo de S.Paulo, no afã de sinalizar a Lula um apoio de primeiro turno, como contraponto ao apoio que mereceria do PT em S.Paulo, e constatar que no dia seguinte a seu lançamento Haddad era apresentado para a mesma disputa pelo PT?

O PSOL VAI CONTINUAR, por seu complexo e indefinido campo majoritário, deixando a bunda na janela pra uns e outros passarem a mão nela? Ou vai assumir o que foi proposto por 44% do seu recente Congresso, optando por candidatura própria com Glauber Braga representando o partido no primeiro turno?

SIM, PORQUE não pode haver alternativa aos que apresentaram teses rupturistas, revolucionárias, anticapatlistas – a partir do impulso que o manifesto de lançamento da candidatura de Glauber dera no início do processo congressual – afirmando que Lula seria o agente de tais programas.

PORQUE QUANDO um não quer, dois não se acasalam. E Lula, que não fez uma reunião formal com a direção do PSOL até agora, já deixou claro que não é com tais programas que pretende se anunciar. Ele quer se compor ao “centro”, sabendo-se lá o que isso possa significar de minimamente progressista.

NÃO, SENHORES que tudo fazem para transformar o PSOL numa tendência do neoPT. Na política, um partido classista, com objetivo estratégico do socialismo, pode ceder muito para avançar.

Só não se pode é perder a dignidade e a compostura.

Luta que Segue!