João Goulart foi, disparado, o melhor presidente do Brasil para o trabalhadores. As razões de sua queda são conhecidas: os limites do nacionalismo reformista dele e do movimento de massas que liderou. Uma ditadura de 21 anos não é um vulgar “golpe”. É uma ditadura!
A esquerda liberal não tem qualquer compromisso com a história nacional, a história da luta de classes em nosso país. É cosmopolita, para dize-lo de maneira elegante. No jargão caboclo é, na verdade, uma esquerda bocó, alienada da própria história.
A direita brasileira não vacila no essencial e, antes da leitura de Vitor Hugo ou Emile Zola, mantém seus intelectuais apegados a história nacional. É uma disputa para a qual a esquerda liberal esta cronicamente despreparada.
A Revolução é brasileira ou será russa, chinesa ou cubana? Ora, a revolução será brasileira! É, portanto, na história nacional, na história da luta de classes no interior da nação que tomamos o fio da meada para os combates atuais e futuros.
