Gregório Duvivier e a beatiful people anti-nacional

Gregorio Duvivier e a beatiful people anti-nacional
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No debate entre Ciro Gomes e Gregório Duvivier, num espaço chamado “Ciro Games”, só o primeiro não percebeu que aquilo só podia ser um programa de humor. Ficou ainda mais hilário – lamentavelmente hilário – por Ciro tentar falar de “projeto nacional” com um lúmpen-aristocrata, com alguém que só se tornou “comediante” porque o único talento demonstrado em toda a vida era o de fazer graça nas festas de família e de escola, e que, depois de certa idade, para não ser chamado de vagabundo, como seria qualquer outra pessoa de mesmo caráter e personalidade em uma classe social inferior, a família rica comprou um espaço na mídia para ele exercitar sua duvidosa habilidade humorística e fingir ter uma ocupação, ainda por cima tirando espaço de artistas realmente talentosos mas que por não terem sobrenome conhecido não encontram oportunidades.

O “debate”, contudo, foi importante para mostrar, não só ao Ciro mas a todos os seus eleitores e/ou simpatizantes, entre os quais me incluo, a futilidade de tentar atrair o beautiful people para um “projeto nacional”. Um “projeto nacional” que se preze tem, necessariamente, que isolar e enfraquecer os Duvivier da vida porque o “progressismo” dessa turma é o revestimento do seu elitismo e do seu preconceito de classe contra tudo que é brasileiro, contra tudo que destoe da bolha aristocrática, decadente e depravada em que vivem.

Para eles, o pobre deve apenas entregar drogas no apartamento deles e limpar a imundície de merda, mijo, porra e vômito que eles deixam espalhada depois das orgias desconstruídas que fazem. O maior ódio de classe deles, contudo, não é contra o pobre, desde que seja vassalo deles – daí o ódio aos evangélicos, que não aceitam o destino de traficante e faxineira que eles querem impor – mas contra a classe média.

A classe média verdadeira, não aquela farsa grotesca que o IPEA petista inventou para dizer que o camelô era de classe média e o contador de padaria era “elite branca”, mas aquela que, pelo estudo e trabalho, pode ascender às posições mais elevadas da sociedade e tirar o espaço deles. Tudo que eles querem é destruir a classe média e empurrá-la para a favela e a informalidade, para debochar triunfante das esperanças frustradas da “plebe rude” que ficou cara demais para eles. “Humoristas” como Duvivier servem justamente para legitimar ideologicamente o ódio de classe da elite parasitária. Como o êxito de todo “projeto nacional” se mede pelo crescimento da classe média, logo, o beautiful people e os seus valores distorcidos devem necessariamente ser combatidos. Eles devem ser mostrados como verdadeiramente são: vagabundos, parasitas, viciados, debochados e pervertidos.

Que Duvivier e seus amigos de infância estejam agora com Lula, depois de terem apoiado aberrações como Sérgio Moro e Luciano Huck, justifica-se porque eles já entenderam que Lula, mais do que nunca, é, agora, apenas um fantoche do sistema de poder que perpetua a sua dominação.

Com Lula a classe média continuará sendo empurrada para a base da pirâmide social, arrochada por “impostos progressivos”, cota disso, cota daquilo e outras falcatruas travestidas de “justiça social”, e o pobre continuará tendo mais incentivos para a criminalidade (legitimada pela bandidolatria identitária) e o trabalho sujo do que para o trabalho digno que o próprio Lula conheceu em outros tempos.

O beautiful people poderia até estar com Bolsonaro, se esse não desprezasse tanto essa turma, por estar comprometido com outros setores da elite, um tanto distantes da realidade da bolha bacanuda. Mas não estarão mesmo com Ciro, ainda que Ciro continue estando com eles, talvez por ele se identificar mais com esse segmento que com aqueles – a ampla maioria da população – que realmente precisam de um projeto nacional e de alguém com peso para explicar a eles.

Não será pelo beautiful people que isso acontecerá, pois, ao contrário do que pensa Ciro, Duvivier et caterva não são a antena da sociedade, mas a escória, a bomba de sucção, que tudo tiram e querem tirar, retribuindo apenas com o escárnio.

  1. Eu, que fui bloqueado em 2018 pelo 247, primeiro, por ter criticado a maneira como aquele portal atacava Ciro, e principalmente por ter sugerido o nome do politico liberal cearense como o mais apropriado para derrotar a ameaça bolsonarista, não posso concordar com o discurso adotado por Ciro Gomes em 2022, procurando se apropriar da narrativa antipetista produzida pela LavaJato, agindo como se a farsa que foi movida pela CIA contra o social liberal candidato do PT fosse digna de credibilidade. Dizer que Lula foi inocentado apenas tecnicamente configura ato de provocador de direita, nivelado a Sergio Moro, Danton Dalagnol e Merval Pereira. A falta de princípios do Brasil 247 se iguala assim à falta de princípios da campanha de Ciro, minando a necessária unidade de luta contra o fascismo. Lamentável. Nesses momentos, fica evidente a superioridade politica e moral dos que somos comunistas. Esse tipo de vale tudo não tem abrigo entre os comunistas. Nosso candidato para transformar o Brasil é o proletariado revolucionário.

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