Governo Lula: A loucademia de ‘esquerdista’

Governo Lula A loucademia de esquerdista
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O filme “Loucademia de Polícia” (1984, Warner Bros) é um clássico trash. Na película, após um surto de criminalidade, o prefeito de uma pequena cidade resolve recrutar uns vadios para integrarem a polícia local. O Cadete Carey Mahoney, um ex-meliante meio boa praça e meio atrapalhado, resolve aderir ao grupo em substituição à pena de prisão. Junto dos demais trapalhões, a “nova tropa” acaba por tensionar ainda mais a caótica situação da cidade. O soro e o veneno se misturam.

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O governo Lula navega à deriva. Nesta semana, o COPOM mais uma vez manteve os juros no patamar pornográfico de 13,75%. A falta de vontade política de Luiz Inácio e trupe para enfrentar os problemas reais do Brasil é vergonhosa. Bastaria uma ação coordenada para botar o BC de joelhos – e qualquer um que conviva no ramo político sabe disso. Mas Alexandre Padilha parece querer duelar com Fernando Haddad para saber quem é o mais rendido ao mercado financeiro. A disputa é árdua. Aposto 50 no cabeçudinho, croupier!

Na mesma semana, os bancos públicos seguem botando os aposentados e pensionistas de joelhos, em reprimenda ao enfrentamento de Carlos Lupi, que solitário, briga com os bancos, jornais, petistas, financistas de Haddad e todos os demais vassalos travestidos de progressistas.

Falando no ministro da Fazenda, o arcabouço fiscal parece tomar corpo. E incluí saúde e educação, que, pela vontade de Haddad, seguirão congelados. Vamos torcer para que o último bastião de vontade popular (o centrão), possa nos salvar da Faria Lima.

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Marcola, o CEO do PCC, resolveu torrar seu dinheiro em busca da liberdade. Para isso, investiu 60 milhões de reais em mercenários que pudessem tirá-lo da prisão em Brasilia. O primeiro plano envolvia sitiar a capital, com a ajuda de assaltantes de bancos experientes. O segundo, visava sequestrar e atentar contra a vida de autoridades, trocando a liberdade de figuras públicas pela soltura do chefão. Sergio Moro, um dos alvos, tratou de capitalizar o ocorrido, na primeira tacada política inteligente de sua vida. Evidentemente o ex-juiz não era a motivação do ataque e sim uma moeda a ser utilizada como troca. O marketing estava dado. Foram os milhões de reais mais mal gastos pela facção.

Lula resolveu cacifar o marreco, dando-lhe status de pato. A ave de Curitiba será a aposta do presidente na perpetuação da polarização que lhe garantiu a presidência. A direita comprou na hora e já está prontinha para virar o foie gras do PT. Até mesmo o MBL, que foi literalmente humilhado pelo ex-juiz, ensaiou uma tímida solidariedade. Quem ama, perdoa.

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O cineasta Cesar Charlone está desde 2016 filmando a vida do ministro Fernando Haddad. As filmagens englobam desde sua derrota para João Doria às visitas ao presidente Lula, na época, loteado em Curitiba. Charlone foi diretor de fotografia de Cidade de Deus, sendo obrigado a filmar horas e mais horas nas comunidades cariocas. Mas o grande desafio, sem dúvida, será aguentar uma aula de Haddad no Insper, onde esteve loteado desde que fora chutado da prefeitura de São Paulo, perdendo até para o “brancos e nulos”.

Se Haddad terá um filme, o governo para o qual presta serviço poderia ser enquadrado numa comédia trash – em que alguns vadios são escalados para proteger o país de um surto de “autoritarismo”. Na loucademia de esquerdista do Lulismo, difícil é achar quem é o mocinho e quem é o vilão. Nessa orgia trapalhona, a certeza é uma só: o povo é só um coadjuvante. O soro e o veneno se misturam, afinal.