Em 2021, quando o Atlético Mineiro jogava o melhor futebol do país e acabou conquistando o Campeonato Brasileiro e a Copa do Brasil, insisti que o clube estava sendo vítima de um golpe.
Empresários que se diziam torcedores aumentavam a dívida do Galo de modo exponencial a fim de torná-la impagável. Era tudo feito com método: eles vendiam as participações que o clube tinha em um shopping valorizado de Belo Horizonte e construíam uma moderna Arena. Mas quando a dívida atingisse determinado patamar, não haveria solução senão vender o futebol do clube [a tal SAF].
E adivinha quem compraria, levando junto o patrimônio físico que estava sendo construído? Os mesmos empresários que se diziam torcedores.
Era golpe óbvio, evidente, sem disfarces. Só se iludiu quem quis. O Atlético Mineiro será ”transformado em SAF”. Isto é, o clube agora terá dono. E o dono vai levar o CT que é orgulho da torcida e a Arena que leva o nome de uma construtora.
Custou baratinho: um brasileiro e uma copa do Brasil, e Menin e cia. colocaram no bolso o mais tradicional clube do segundo maior estado do país.
Entendam de uma vez: mega-empresários não prestam. Em todo e qualquer lugar em que um mega-empresário coloca o olho, cabe ter todas as prevenções e cuidados do mundo. Porque, vocês sabem, o cara pode ser até legal, bacana e bem intencionado. Mas o simples fato de ser um mega-empresário significa que, no fim das contas, ele vai tentar roubar você.