Geração mi-mi-mi?

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Por Wallacy Santana – Nos últimos anos, o imaginário social foi condicionado pela falsa narrativa de que a geração Z é vitimista, incapacitada e irresponsável. A volta ao passado, aonde tudo era melhor, muitas vezes é usado como argumento para desqualificar as lutas da juventude contemporânea.

Vire e mexe nos deparamos com argumentos arcaicos e conservadores, que colocam em descrédito toda movimentação jovial atual. A luta das minorias raciais, sexuais e de gênero, são mais visíveis agora, como também são alvos de críticas pelos amantes do século passado.

É a juventude atual que está nas universidades, debatendo e construindo um país que ainda não existe. São esses jovens que denunciam toda e qualquer forma de opressão, sejam elas individuais ou estruturais de um sistema capitalista cada vez mais em flagrante colapso e crise social, econômica e política.

A geração Z é quem está com a missão de mudar o estado das coisas. É essa geração que está denunciando as mazelas históricas de uma sociedade sobrevivente ao caos. Não compactua mais com o racismo, sexismo, machismo, xenofobia, LGBTfobia e preconceito social.

Também, é a chamada geração “mi-mi-mi” que está nas ruas, nas academias e nas periferias, aprendendo e relatando suas experiências, constituindo novas vias e formas, em busca de um futuro progressista.

A geração Y está conduzindo os aplicativos de entrega, ao mesmo passo que luta por mais direitos trabalhistas. Foi ela quem desenvolveu as vacinas contra a COVID-19 e está próxima de descobrir a cura do câncer.

Se antes, o antônimo de “mi-mi-mi” era ser forte e aceitar qualquer tipo de preconceito, hoje nossa geração põe em cheque as ruínas de um passado que causou muitos problemas para sua geração.

Somos todos geração “mi-mi-mi”, a geração mais forte que todas as outras.

Por: Wallacy Santana, líder comunitário e filiado ao PDT.