O fim do PSB

O fim do PSB
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O grupo político que dirige o PSB está prestes a perder não só o comando do partido como também está assistindo inerte ao próprio fim da sigla de Miguel Arraes.

Depois de uma campanha exitosa em parceria com o PDT em 2020, o grupo de Carlos Siqueira e João Campos tinha duas opções pela frente em 2022: enfrentar o PT novamente nas urnas ao lado do PDT e ampliando à direita, ou se render novamente a Lula para melhorar as chances de manter o poder no governo pernambucano e bloquear a candidatura de Marília Arraes.

Mas dessa vez Lula não estava desprevenido. Ele não queria simplesmente impedir a ascensão de Ciro, mas destruir completamente os quadros políticos que o desafiaram em 2014 e 2018.

De saída, ainda em 2021, enviou dois prepostos para o PSB. Marcelo Freixo no Rio e Flávio Dino no Maranhão. Com isso, cercou o partido deixando pouca área de manobra para o PSB pernambucano.

Depois, já em 2022, usou o PSB como barriga de aluguel para receber Alckmin e assim tirar o ex-governador do caminho de Haddad e o partido em São Paulo do comando de Márcio França.

Seguiu enviando Marília Arraes para o Solidariedade, onde ela poderia ser candidata a governadora assim driblando o acordo com os pernambucanos em torno do apoio do PT ao candidato do PSB à sucessão estadual.

Agora, traição consumada, libera lideranças do PT em Pernambuco para divulgar manifesto e desembarcar na campanha de Marília Arraes, arqui inimiga do PSB pernambucano.

A aniquilação do antigo PSB planejada por Lula não parou por Pernambuco e São Paulo. Todas as figuras mais fortes do partido que marcam uma postura independente estão sendo dizimadas. Lula tentou lançar Contarato no Espírito Santo para minar a reeleição de Casagrande, mas perdeu a aposta. Já no Rio conseguiu emparedar a candidatura de Molon ao Senado e no Rio Grande do Sul busca matar a candidatura de Beto Albuquerque.

Esperteza demais engole o dono.

As idas e voltas do PSB enfraqueceram o partido e o deixaram com a identidade turva. Agora a opção de aliança ao PT o está destruindo.

O pessoal de Pernambuco não esboça sinais de reação ao seu extermínio.

Ao que parece, Carlos Siqueira decretou o fim do PSB como conhecemos.

Ano que vem o partido será propriedade de Luís Inácio.