Operação Salva-Bozo

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Bolsonaro esqueceu a primeira lição de um recruta: Quem não tem bala na agulha, não saca a arma.

Com a falta de apoio das FFAA e das Polícias Militares para o golpe, suas bravatas só serviram para convencer amplos setores da elite nacional de que ele vai jogar o país no caos, pois é a única coisa que sabe fazer na vida.

Nunca construiu coisa alguma.

O impeachment começou a se mover entre outros atores, como PSD, PSDB e Solidariedade.

Hoje, no entanto, as quadrilhas que vivem de assaltar o erário em seu governo se coordenaram com o PT para evitar o impeachment do presidente fora-da-lei.

Michel Temer foi chamado ao Planalto para escrever uma nota de arrego do presidente mais desqualificado da história da nação.

Bolsonaro cedeu para evitar o processo de impeachment. Mas com isso, ele pode ter precipitado um processo bem sucedido ali na frente.

Por quê?

Por mais de um mês, bolsonaristas deliravam com uma revolução fascista que viria dia 07, com Estado de Sítio, fechamento do Congresso, soltura de seus bandidos prediletos, prisão de seus inimigos políticos.

Mas quem pagou para ir à Brasília dia 07 ouviu um discurso chocho do presidente (para quem esperava o comando revolucionário) e saiu sem jogar uma pedrinha no STF.

Alguns então fecharam as rodovias e dormiram comemorando um Estado de Sítio de WhatsApp, mas acordaram hoje com a realidade de uma nota, em nome do presidente, escrita por nada menos que Michel Temer.

Foram dormir com o #estadodesitio e acordaram com o #BolsonaroArregao.

Foram dormir com o Zé Trovão e acordaram com o Zé Estalinho fugindo da polícia.

Mesmo as bravatas fracas do discurso do dia 07 foram hoje desditas por notinha.

Acabou.

A partir de agora, Bolsonaro não leva mais ninguém às ruas.

O PT sentiu o perigo de um Bolsonaro zumbi político.

Enquanto Temer e Lira acalmavam o Congresso com a 15ª promessa de moderação do presidente, o PT correu para desmobilizar uma reação das ruas e união dos democratas contra o genocida golpista.

Jogou tudo para desarticular a adesão das centrais sindicais ao protesto do dia 12.

Ainda assim, quatro aderiram.

Então o PT lançou uma campanha feroz com sua rede de influencers e seu gabinete do ódio contra a passeata dia 12 para tentar impedir o momentum.

Kennedy Alencar virou sommelier de democrata, e retirou a credencial do MBL para defender a democracia. Agora para ele quem tem credencial para defender a democracia é o PCO, o PCB e o PSTU.

Alberto Almeida, o amigo do Lula do Instituto Millenium, correu em desespero para demover os petistas do movimento pró impeachment.

Márcia Tiburi, aquela que, de fato, fugiu pra Paris, disse que o MBL é um movimento de “agitadores fascistas” (GLOSSÁRIO PT – Fascista: aquele que não vota em Lula) e colocou neles a culpa por ter corrido daqui depois que defendeu o assalto à mão armada.

Mas todo esse desespero não é porque o protesto do dia 12 é do MBL, não.

É porque o dia 12 não é do PT.

É de todos os que querem salvar a democracia brasileira de um insano perverso.

É porque é “impeachment já”, e não “fora Bolsonaro (em 2023)”

É porque pode ser o estopim da saída do meliante.

A democracia? A fome? A Amazônia? A economia? O emprego? O Brasil?

Ora… fala sério!

A única pergunta que importa para o PT é: e o PT?

Afinal, vocês já se esqueceram quem lançou Haddad para garantir que ninguém tomasse do PT o papel de líder da oposição?

Não, quem elegeu Bozo não foi “Paris”.

Quem elegeu Bozo foi Curitiba.

Uma cela e uma caneta de juiz fora-da-lei.

Hoje, quem o mantém, são as mesmas quadrilhas que assaltaram o Brasil por 28 anos.

E aquele pessoal que falava de “frente ampla”?

Cadê?

Tão na coleira do Lula.

Agora a frente ampla não serve mais.

Sabem por quê?

Porque é possível.