Pesquisa revela que para maioria da população das ex-repúblicas soviéticas a vida era melhor na URSS

Pesquisa revela que para maioria da populacao das ex-republicas sovieticas a vida era melhor na URSS
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O Sputnik.Polls, projeto criado para o monitoramento da opinião pública mundial, compilou uma série de pesquisas realizadas nas ex-repúblicas soviéticas sobre a percepção das pessoas em relação à vida na época da URSS. Os números revelam que, diferentemente da percepção média no Ocidente, a maior parte da população dessas localidades cultiva saudosismo do período soviético.

Em nove, dos onze países pesquisados, a população adulta, majoritariamente, acredita que a vida na União Soviética era melhor que a vida atual. Os maiores índices foram na Armênia (71%) e no Azerbaijão (69%). Na Rússia, esse índice foi de 64%. Apenas no Tajiquistão e no Uzbequistão, a maioria da população acima de 35 anos disse que a vida atual é melhor.

Entre a população de 18 a 24 anos, que nasceu após o colapso soviético ou já no fim do período, a maioria acredita que a vida nos tempos atuais é melhor, mas, ainda assim, é curioso que um quarto dos jovens russos e mais de um terço dos armênios, bielorrussos, cazaques e quirguizes discordem disso e manifestem um saudosismo daquilo que não viveram, dizendo acreditar que a vida na URSS era melhor. E, na Moldávia, único lugar em que esse índice de jovens saudosistas superou o dos mais velhos, 69% disseram que a vida nos tempos soviéticos era melhor.

Pesquisa revela que para maioria da população das ex-repúblicas soviéticas a vida era melhor na URSS
https://sputniknews.com/20160817/compare-life-before-after-soviet-union-1044346654.html

Esses dados corroboram algumas surpreendentes falas de Vladimir Putin à Oliver Stone, na sequência de entrevistas dada pelo presidente russo ao cineasta, entre 2015 e 2017. Segundo Putin, o que o Ocidente viu como uma “libertação”, a maioria dos russos viu como “a maior catástrofe do século XX”. Segundo ele, “em um piscar de olhos”, 25 milhões de cidadãos soviéticos se viram “no exterior”. E o que se seguiu em muitos lugares foi guerra civil, fome e terrorismo.

Variáveis que Francis Fukuyama, provavelmente, não considerou em seu “Fim da História”.