Eduardo Leite pode ir para o PSD e fazer chapa com Simone Tebet do MDB

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Diante da desistência da pré-candidatura presidencial de Rodrigo Pacheco, o presidente do PSD, Gilberto Kassab foi atrás do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, que foi derrotado por João Doria nas prévias do PSDB. Se emplacar a filiação do gaúcho tucano, o PSD pode atrair o MDB da pré-candidata Simone Tebet.

Até as pedras sabiam que Rodrigo Pacheco ia desistir da disputa pela “terceira via”. O presidente do Senado está isolado entre seus colegas senadores e tentava usar sua pré-candidatura para garantir sua reeleição como chefe do Poder Legislativo, mas não apresentou nenhuma perspectiva de crescimento eleitoral para aumentar o poder de barganha do PSD no segundo turno.

No ninho tucano, Doria conseguiu tomar conta do PSDB com a máquina do governo estadual de São Paulo, e isolou os chamados “cabeças brancas”, os velhos fundadores e dirigentes tucanos da época de FHC.

Entre eles está o ex-governador do Ceará e senador Tasso Jereissati que busca articular uma debandada dos tucanos insatisfeitos com Doria para a pré-candidatura de Simone Tebet pelo MDB após a derrota interna de Eduardo Leite.

Com a saída de Pachedo do pleito, o PSD pode receber os derrotados tucanos e unir Leite e Tebet. Essa chapa poderia até mesmo receber o apoio do Sergio Moro quando ele recuar de sua isolada pré-candidatura presidencial para disputar uma vaga de 8 anos de foro privilegiado no Senado.

Como já expliquei em colunas anteriores, Kassab não quer abrir mão de ter um candidato próprio a presidente para se manter equidistante de Lula e Bolsonaro no primeiro turno. A chapa Leite/Tebet seria forte o suficiente para ajudar as bancadas de PSD e MDB nos estados dos dois candidatos, e ao mesmo tempo, poderia ser satisfatoriamente neutra para estados nos quais as bancadas dos dois partidos quisessem subir nos palanques de Bolsonaro ou de Lula.