Por Cesar Benjamin – A Europa é deficitária em energia e leva a sério a necessária transição para uma matriz energética mais limpa.
A Rússia é superavitária em energia, incluindo gás natural, uma fonte limpa.
A Europa precisa comprar e a Rússia quer vender. Em um empreendimento conjunto, os dois lados construíram um novo gasoduto, bem maior que o anterior e que está pronto para operar.
Quando isso ocorrer, a Alemanha importará da Rússia 60% de sua energia. Isso consolidará uma parceria de longo prazo entre as duas grandes nações, com múltiplas dimensões.
Os Estados Unidos não querem permitir que isso ocorra. Quem conhece a história da diplomacia sabe que manter Alemanha e Rússia separadas sempre foi um dos objetivos estratégicos mais relevantes da política externa americana.
Os Estados Unidos precisam incrementar a tensão no coração da Europa e, no limite, deflagrar uma guerra ali. Biden já declarou, mais de uma vez, que não deixará o novo gasoduto operar.
A Ucrânia é o pretexto da vez.
É patético o contorcionismo das agências de notícias e dos nossos jornais para esconder uma verdade tão simples.
Por Cesar Benjamin