Segundo o IBGE, as vendas do comércio caíram em janeiro, e cresceu o número de empresas que atribuíram a queda ao isolamento social, que, neste momento, está, corretamente, se intensificando.
A inflação dos alimentos, apesar de alta, é declinante desde dezembro. Correspondeu a 0,28% em janeiro. E a inflação de serviços segue bem comportada.
Os indicadores de atividade econômica em fevereiro e março de 2021 serão piores que em janeiro, certamente. Retrocedemos um ano no combate à pandemia.
E, nesse cenário, o mercado vem dizer que é necessário aumentar a taxa de juros? Não tem nenhuma lógica macroeconômica. Isso aqui parece o FEBEAPÁ – Festival de Besteira que Assola o País, de Sérgio Porto.
E, se o motivo for a taxa de câmbio, não vai ser o aumento da taxa de juros que vai segurá-la neste quadro. O governo detona diariamente nossa economia, e assim a revoada de recursos para o exterior vai continuar.
O problema é de confiança e inabilidade na gestão econômica. A alta da taxa de juros só vai piorar e derrubar ainda mais o nível de atividade.
Um último comentário sobre o que está ocorrendo estes dias. O tal “mercado” defende que o Bacen seja autônomo e insulado do governo. Agora, o contrário não é verdadeiro? O Bacen pode se intrometer nas questões fiscais, como vem fazendo?
Torna-se cada vez mais evidente que a única coisa que se deseja, com a independência do BC (a autonomia necessária ele já possui), é aumentar o poder dos diretores e daqueles que os indicam . É descarada essa movimentação.