Resposta a Felipe Rigoni, em defesa do nacional-desenvolvimentismo

Resposta a Felipe Rigoni, em defesa do nacional-desenvolvimentismo andré figueiredo
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Por André Figueiredo – Prezado deputado Felipe Rigoni, o nacional-desenvolvimentismo vem da era Vargas. A ditadura militar desmontou-o em grande parte, já que ele incluía também educação de qualidade, salário mínimo decente e leis trabalhistas fortes.

O nacional-desenvolvimentismo industrializou o país, modernizou o Estado, criou as indústrias de base, sem as quais nunca teríamos nos desenvolvido minimamente.

Temos que reativar o nacional-desenvolvimentismo em novas bases, com foco na educação, no meio ambiente, nas novas tecnologias. Não se trata de intervencionismo estatal, mas de busca pela soberania!

Uma das funções mais importantes do Estado é justamente corrigir as imperfeições do mercado. Nem o liberalismo nega isso, deputado, pois os governos dos países mais “liberais” do mundo sempre foram muito proativos em defesa de suas indústrias.

O novo presidente dos EUA, Joe Biden, anunciou um grande esforço para recuperar a indústria de seu país. Trump já vinha tentando fazer isso. Governos da China, Coreia do Sul e Japão sempre foram desenvolvimentistas.

Não caia nessa falácia neoliberal, que os países ricos vendem para os países pobres há tempos com o único objetivo de manter uma divisão internacional do trabalho profundamente desequilibrada, que nos mantém escravizados na pobreza e no subdesenvolvimento!

Vamos discutir modelos novos, avançados, para um projeto nacional de desenvolvimento. Não somos sectários. Houve erros no passado que não vamos repetir. Na era petista, esforços desenvolvimentistas foram neutralizados pela ortodoxia macroeconômica.

Mas hoje, mais que nunca, o Brasil precisa de um projeto nacional, e é claro que o Estado terá papel estratégico, no planejamento, no financiamento, na regulação, no treinamento da mão de obra.

Confio em seu bom senso, caro Rigoni! Vamos discutir ideias e projetos sem preconceitos! O Brasil precisa de lideranças corajosas e abertas a ideias novas.

Por André Figueiredo, deputado federal pelo PDT do Ceará.