O trágico resultado das primárias na Argentina

O tragico resultado das primarias na Argentina
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Nas primárias argentinas de ontem, chamaram a atenção a derrota fragorosa da coalizão governista, inclusive em tradicionais bastiões peronistas como a província de Buenos Aires, e o fortalecimento da coalizão macrista, que mostra bastante resiliência, contrariando as expectativas de “morte do neoliberalismo”.

O tragico resultado das primarias na Argentina

A queda da coalizão oficialista já era de alguma forma esperada, pela incapacidade do governo Alberto Fernández de solucionar os problemas sociais, agravados pela intransigência na condução do lockdown, batizado de “cuareterna”, e pelo fundamentalismo com o qual aderiu a uma agenda diversitária bastante distante dos valores e das aspirações da maioria das pessoas comuns. Lembrando que, na Argentina, os evangélicos já correspondem a 15% da população.

Em Buenos Aires capital, destaca-se também a expressiva votação do candidato declaradamente “libertário” (isto é, anarco-capitalista) Javier Milei (Avanza Libertad), com cerca de 13% dos votos, impulsionado pelo elegante e sofisticado lema “¡viva la Libertad, carajo!”. Milei é membro do Fórum Econômico Mundial, o mesmo que promove o Grande Reset (“você não terá nada e será feliz”), apoiado pelo Alberto Fernández.

O tragico resultado das primarias na Argentina

A situação política na Argentina então é essa: uma esquerda social-liberal periclitante, uma direita liberal fortalecida e uma neodireita ancap em ascensão. E onde estão Perón e Evita? Num museu de cera, enquanto não colocam fogo no museu como colocaram aqui.