Fortes sinais do fim do governo Bozo. As investigações das relações da família criminosa com as milícias avançam terra a dentro de um governo destruído. O nível de irracionalidade e deslealdade de Bozo não pode mais ser ocultado por ninguém, e no mais claro sinal de fim de feira, ele tem dificuldades para encontrar novos ministros que não sejam, pura e simplesmente, quadrilheiros.
Na cultura, Mário Frias. Na Educação, ninguém. Na Saúde, só militares, interinos, aceitam não deixar o governo desmoronar porque nenhum profissional da área quer comprometer sua reputação. Guedes corre para entregar nosso patrimônio no pior preço da história antes que seja tarde.
Mas no PT o clima não é muito diferente. Do plano do Professor Pardal de 2018 de perder a eleição para Alckmin, sobrou Bozo. Agora, do plano de polarizar com Bozo, está sobrando o arquinimigo do PT: Sérgio Moro.
Nada dá certo para o PT desde a reeleição de Dilma em 2014.
E cá entre nós, o que poderia ter dado mais errado para o PT que a própria reeleição de Dilma?
Para Lula, que tem como único projeto para o país ficar fora da prisão, essas são péssimas notícias. Agora que começa a ficar claro que o fim da familícia será a cadeia, também fica claro que o sistema deve buscar equilibrar esse jogo mandando Lula de volta para a prisão pelo processo de Atibaia.
E tem outros.
O que é pior, fica claro que o sistema começa a pintar o juiz-fora-da-lei, amigo da CIA e do FBI, maior destruidor da economia brasileira de todos os tempos, como centrista moderado. Buscam atrair o movimento “Juntos”, do qual fazem parte Haddad e Dino, para sua candidatura. Isso não vai acontecer, é evidente, mas Huck e Doria já foram para o banco de reservas.
O candidato do sistema é Moro.
E a principal plataforma de Moro, explícita ou não, é a destruição do PT.
Tá bom ou quer mais?
Tem mais. Com a dissolução dos índices de Bolsonaro os do PT caíram juntos, frustrando mais uma vez os planos geniais de deus Lula. Na oposição à Bozo claramente ascende a nova frente PDT-PSB-PV-Rede atraindo novos atores, inclusive o Cidadania, órfão de Huck, e o PCdoB, tentando se livrar de sua ancestral relação tóxica de abuso com a UDN de Macacão.
Ninguém aguenta mais o PT. Todos já foram traídos, caluniados, chantageados e humilhados por eles.
E a rejeição de Lula aos movimentos de frente ampla (que o deixaram de lado) pela democracia consolidaram seu isolamento glacial.
Haddad que assinou o “Juntos”, cai apesar de todo o recall do segundo turno e do patético “Lula é Haddad, Haddad é Lula”, e empata com Ciro, que sobe em relação à última pesquisa. No segundo turno, adivinhem, continua perdendo de todos.
Os governadores do PT no Nordeste, incomodados com o egoísmo patológico de Lula, começam a se revoltar com o isolamento do partido e só tem a opção de compor com a nova frente. Apesar do duríssimo discurso de Ciro contra a burocracia petista, figuras como Wagner e Genro fazem sinais de distensionamento com o Cearense.
No sudeste, Lula começa a perder o controle do partido como a fracassada tentativa de candidatura de Haddad e Marta à prefeitura e a vitória de Tatto nas prévias mostram.
E se tudo isso não fosse suficiente, o medo também se espalha na blogosfera petista com as investigações contra o gabinete do ódio bolsonarista e o começo da atuação da yankee sleeping giants. O apelido que Ciro colocou neles pegou.
E tem outro detalhe, a investigação que corre no TSE contra disparos ilegais e fake news nas eleições de 2018.
Diante do cenário desesperador, o pânico se instala na base petista que não sente mais comando claro no partido. Com seu longo histórico de cadáveres e pontes implodidas pelo caminho, a burocracia petista não tem por onde voltar. Reage fazendo a única coisa que sabe, batendo em Ciro cada vez mais.
A última hoje foi uma suposta declaração de Ciro sobre Brizola no início dos anos noventa.
O que parece, mais uma vez, que está dando errado.
Ciro sobrou no tabuleiro como o candidato da política contra a anti-política de Moro-Huck.
A Lula sobrou o mantra de exigir respeito e protagonismo por ser líder do maior partido da oposição brasileira.
Mas as eleições de 2020 se aproximam e o PT não lidera uma única capital.
Esse Professor Pardal…