O Ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, responsável pela articulação política do governo federal, declarou nesta quarta-feira (08) que não há qualquer discussão em andamento para mudar a lei que concedeu autonomia ao Banco Central.
A independência do Banco Central foi estabelecida por meio de lei em 2021, sendo aprovada pelo Congresso e sancionada pelo então presidente Jair Bolsonaro. A lei tem como absurdo objetivo “proteger” o órgão contra “pressões políticas”.
O ministro também negou qualquer pressão por parte do governo para antecipar o fim do mandato do atual presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, que se encerra no final de 2024. Com a independência do Banco Central garantida, o Presidente da República não tem o poder de remover Campos Neto do cargo.
Nos últimos dias, o presidente Lula tem criticado a atuação do Banco Central, especialmente a respeito da política de taxa de juros, que está fixada em 13,75% pelo Comitê de Política Monetária. O presidente chegou a chamar a independência do Banco Central de “besteira”.
Durante um café com parlamentares nesta quarta, a política de juros foi discutida e o ministro confirmou que não há qualquer movimentação do governo para convocar Campos Neto ao Congresso para dar explicações sobre a política de juros do país.
