O dilema agora é de deputados, senadores e governadores

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Não será o “povão”, de forma espontânea, nem a “esquerda teórica”, com seus doutos gritos pelas redes sociais, quem vai derrubar Bolsonaro antes de 2022. O clima é esquisito e sombrio, nada seguro para uma ou outra coisa. Bolsonaro chega lá? A equação que vislumbro pode ser ilusória, porém plausível, uma vez que nem sempre dois mais dois são quatro na política.

Apoios nunca são seguros numa suposta eternidade, a não ser a única alternativa, qual seja: a amarração forçada no grito e na porrada. Todo apoio tem prazo de validade (para não dizer a própria eternidade), não valendo isso, claro, para os messiânicos de direita e de esquerda. E isso cabe para “homens de bem” e “do mal”, honrados e facínoras. Quadrilhas também vivem seus dilemas internos de traição e egoísmo.
O único cheque em branco na política é emitido pela tendência dos fatos – vale dizer, a solução ou o agravamento dos problemas. E estes apontam, a meu ver, para a queda de Bolsonaro antes de 2022, caso não haja um “cavalo de pau” para enfrentar a pandemia, roubando uma expressão dos mistificadores que adoram uma pirotecnia para enganar otário.

O fato é que se dois mais dois podem não ser quatro na política, esta, por outro lado, também não comporta milagres. Se isso é um desejo meu, pessoal, não importa, minha opinião não pesa em nada – mas, de fato, a questão não é pessoal, mas sim de equação dos problemas. Como ignorante observador, procuro fazer perguntas e conexões – e vejo que as possibilidades dos dois lados da equação não se conectam mais.

Por exemplo: governadores, deputados e senadores colando ou não suas imagens como políticos junto ao problema ou à solução. Por mais que a barganha esconda interesses e conchavos inconfessáveis do toma-lá-dá-cá, um limite sempre existe, que é todo mundo ir para o escambal, para não usar outra palavra. De qualquer maneira, se não houver impeachment bonitinho, com seus ritos previstos, Bolsonaro vai chegar como em 2022? Mais forte, mais fraco? E os políticos? E os governadores que já estão sendo responsabilizados, conforme apontam pesquisas?

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