Por Nathalie de la Cadena – A Independência do Brasil não foi um ato isolado na beira do Rio Ipiranga. Foi construída por muitas revoltas regionais que pediam muitas vezes a República e não a mera Independência de Portugal. Foi para evitar a República e o esfacelamento do Brasil em vários Estados, como ocorreu com as colônias espanholas, que a Independência do Brasil de Portugal foi proclamada.
As mulheres tiveram grande papel:
¤ Joana Angélica de Jesus foi uma freira baiana que morreu como mártir protegendo soldados brasileiros contra soldados portugueses;
¤ Maria Quitéria de Jesus foi a primeira mulher a se alistar no exército brasileiro, mesmo descoberta foi mantida por sua habilidade com armas de fogo;
¤ Maria Felipa de Oliveira foi uma líder da resistência baiana em Itaparica, transportava mantimentos para a resistência e emboscava tropas portuguesas;
¤ Bárbara Alencar foi uma das fundadoras da República do Crato, considerada por D. João VI liberal, revoltosa e conjurada;
¤ Maria Leopoldina foi defensora da independência e quem assinou o decreto de independência, em 2 de setembro de 1822, na ausência de D. Pedro I que estava em São Paulo.
O decreto foi ratificado por D. Pedro I, em 7 de setembro de 1822, às margens do Ipiranga.
As mulheres participaram da Independência do Brasil que não foi fruto de acordo entre Brasil e Portugal, mas um conflito entre as tropas portuguesas e brasileiras, conflito entre a corte portuguesa e brasileiros que queriam Independência. A Independência foi conquistada com a luta de brasileiros e brasileiras.
Por Nathalie de la Cadena