8 de Março: Mulher, guerra e revolução

8 de Março Mulher guerra e revolução
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Por Lucas Rubio – A data do 8 de março foi, de certa forma, sequestrada pelo mercado para retirar o real significado dela. Para além de flores, chocolates e palavras vazias sobre a “fragilidade e delicadeza feminina”, o 8 de março simboliza, acima de tudo, luta. E lutas de dimensões épicas.
Há várias versões sobre o surgimento dessa data, desde propostas formais até eventos ocorridos nesse dia em diferentes lugares do mundo. Mas todas as versões envolvem lutas, protestos, greves e combates travados pelas mulheres em busca da libertação de um sistema de exploração.
8 de Março Mulher guerra e revolução
Na URSS, ainda no primórdio de sua existência, essa data assumiu um caráter político muito definido e alcançou ressonância no movimento comunista internacional. A data remetia a agenda política, social e econômica das mulheres de eliminar a opressão de gênero por meio da Revolução armada violenta contra o sistema capitalista. Em outros países, essa data sempre foi marcada por protestos amplos, sempre reprimidos pela reação.
Ao longo do século passado, as mulheres demostraram a todos o seu de protagonista ao lado dos revolucionários em diferentes momentos. Sejam em guerras revolucionárias até guerras de libertação nacional e de defesa da Pátria, as camaradas tomaram posições de destaque na luta.
8 de Março Mulher guerra e revolução
Embora a vida militar e as proezas bélicas estejam quase sempre associadas aos homens, a História recente aponta para a brilhante participação das mulheres na guerra, especialmente em guerras que envolvem um processo revolucionário em curso.
Quando 13 potências estrangeiras invadiram a Rússia logo após a Revolução de 1917, as mulheres estiveram lá para defender a Revolução. Quando Hitler e seus aliados invadiram a URSS na tempestade de 1941, as mulheres se tornaram heroínas nas trincheiras de Moscou, Stalingrado, Leningrado, Kursk e além. Tomaram os ares com seus aviões que traziam terror aos alemães. Com tanques, eliminaram as divisões nazistas em Prokhorovka. Com suas armas com miras, se tornaram snipers que levaram ao inferno milhares de oficiais nazistas. Se embrenharam nas matas como partisans e tornaram a vida do invasor um pesadelo com ações relâmpago.
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Em toda a Ásia, as mulheres eram força principal junto aos homens nas guerras de resistência e de libertação nacional. Junto aos seus Exércitos Vermelhos ou Populares, ontem e hoje as mulheres defenderam e defendem suas terras na Coreia, na China, no Vietnã, nas Filipinas. Na Coreia, por exemplo, o Exército possui um pai, mas também uma mãe – Kim Jong Suk, honrada com o título vigente até hoje de “heroína anti-imperialista e brilhante estrategista militar”.
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Na África, tomaram as armas e foram expulsar de suas terras o invasor europeu, defendendo a soberania e a independência de suas pátrias. Nas Américas, as mulheres encabeçaram não somente lutas pelos direitos das mulheres, mas verdadeiras lutas anti-capitalistas que desafiaram o racismo também. Guerrilheiras, nas matas de Cuba, da Nicarágua e do Brasil lutaram contra fantoches militares e venceram muitas das vezes.
Não só tomaram conta da guerra. Também escreveram seus nomes na Ciência, no Trabalho e no Cosmos. Desbravaram o espaço com suas naves soviéticas, se tornaram doutoras, PhDs e cientistas de alta patente em vários países, assim como ainda hoje estão se tornando cada vez mais, nos países socialistas ou não. Estabeleceram recordes de produção e introduziram técnicas novas nas fazendas coletivas, fábricas e institutos de pesquisa. Foram condecoradas com as mais altas honrarias de vários Estados. Foram deputadas, ministras, conselheiras, embaixatrizes, chefes, diretoras. E ainda são!
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Seguraram resistências em situações terríveis em vários momentos da história, muitas vezes enfrentando guerras de duas frentes ao lidar com atitudes que colocavam em dúvida suas capacidades e habilidades. Mesmo assim, venceram, vencem e vencerão!
Às camaradas que tombaram nas linhas de frente de toda a história ou nas ruas durante protestos e porões de ditaduras, nossa admiração e respeito eternos e promessas de que faremos suas memórias e suas lutas perpetuarem pelos séculos dos séculos.
FELIZ 8 DE MARÇO – DIA INTERNACIONAL DA MULHER PROLETÁRIA!
Por Lucas Rubio
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