Por que muitos jovens odeiam o Brasil?

Por que muitos jovens odeiam o Brasil
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Observo, com pesar, uma diferença bastante expressiva na forma como cada geração vê e enxerga o Brasil. Quem tem mais de 40/50 anos, independentemente da preferência partidária e ideológica, tende a gostar do Brasil e de ser brasileiro, enquanto os mais jovens, com menos de 30 anos e mais acentuadamente menos de 25, também independentemente da preferência partidária e ideológica, nutrem um profundo ressentimento contra o Brasil e o fato de aqui terem nascido.

O que mais vejo é “tiozão” e “vovô” bolsonaristas passando as férias no Nordeste e contando maravilhas de lá, assim como um monte de “tiozão” e “vovô” petistas que vão na Oktoberfest e em Gramado e voltam todos contentes mostrando as fotos. Exceto por meia dúzia de intelectuais progressistões da USP e carcamanos reaças da Mooca que ninguém leva a sério, todos nessa faixa etária são bem resolvidos com o Brasil. Muito diferente das gerações mais jovens, cheias de mágoa e amargura. Os de direita só se referem ao Brasil como “Bostil”, “Pobril”, “Merdil” e outros epítetos grotestos, além de reivindicarem uma suposta superioridade do Sul sobre o RJ e o Nordeste, e os de esquerda teorizam o Brasil como filho do estupro e do colonialismo e propõem a extinção do país para ser “decolonizado”, ou o seu fatiamento com a criação de uma “República do Nordeste”.

Não acredito que isso se explique pela crise socioeconômica do último decênio e a concomitante frustração de expectativas, pois o Brasil já passou por momentos tão ou mais difíceis em que éramos ainda mais pobres, ou mesmo muito mais pobres, do que somos hoje, e não houve nada parecido. Os anos 80 e 90 foram difíceis mas se sabia separar a fase do país daquilo que o país realmente era e podia ser. Ninguém passou a odiar o Nordeste ou o Sul por causa da hiperinflação e da mudança constante de moedas nos anos 80 e início dos 90. Na República Velha, então, o Brasil se encontrava em humilhante atraso até em relação à América do Sul, e, no entanto, foi o período em que surgiu o mais vigoroso nacionalismo político, econômico e artístico que já existiu e que desaguaria na Era Vargas. As condições de vida eram pré-históricas a 20 km do Palácio do Catete e, no entanto, os brasileiros sentiam que o Brasil era vocacionado à grandeza e a cantavam, pintavam, escreviam desde rodas de samba até a Semana de 22.

O que está se passando atualmente com as gerações mais jovens não surge espontaneamente daqui de dentro, mas é induzido de fora por agências de espionagem, inteligência e sabotagem dos EUA, de Israel e da Europa ocidental, para que o brasileiro perca a esperança em si próprio e se torne cúmplice da sua própria destruição. Tudo começou em 2013, e por 2013 não falo só das manifestações de rua, mas de toda a ocupação dos espaços infopedagógicos, desde as mídias, novas e antigas, até as escolas, universidades, think tanks, movimentos sociais etc., que ocorreu desde então. Isso não ficou só na “sociedade civil”, ganhou a política também: Sonia Guajajara recebendo bugingangas da Embaixada dos EUA é 2013, Eduardo Bolsonaro vestindo o boné do Trump é 2013.

As pessoas da minha idade foram bombardeadas já dentro da universidade, mas as que são mais novas foram ainda na escola. A agressividade hipermilitante do identitarismo “lacrador” que entrou com tudo teve como contrapartida um identitarismo reacionário “based”, igualmente antibrasileiro e até desumano. De um lado os não-binários, de outro os incels, todos com uma vida íntima esfacelada e uma mentalidade programada para detestar o Brasil e idolatrar EUA, Israel e Europa. Todos vivendo a miséria da pós-modernidade ocidental, sem pátria e sem alma, perfeitamente manipuláveis pelos comandos externos dos senhores da guerra. Receio que, com o passar do tempo, se perca o perfil pacífico e conciliador do povo brasileiro, existente nas gerações mais antigas, formadas em outro Brasil, e, em seu lugar, passe a predominar o perfil ressentido, agressivo e niilista das gerações mais jovens de hoje, que, sem nenhum apreço pelo Brasil, não hesitariam em destruí-lo se dispusessem dos meios para tanto. Se isso acontecer, o Brasil poderá, sim, passar por uma guerra civil, como desejam as potências ocidentais e seus lacaios internos. Ainda há tempo de evitar isso, mas o tempo corre e o pouquíssimas pessoas no Brasil se apercebem do que está se criando.

  1. Olha, eu diria que esse ataque e esse próprio desprezo e ódio e ressentimento ao Brasil e ser brasileiro não vem de hoje. Mesmo no Brasil Imperial, ali mesmo essa perspectiva do Brasil ser sentir inferior e querer se legitimar se comparando aos estrangeiros já era algo que dá pra gente perceber. O Império ora tinha trejeitos imitados da França, querendo ser um parlamento britânica, com alusões a Portugal e no meio disso o imperialismo econômico britânico e José de Alencar encabeçando um pensamento nacionalista.

    Na República Velha, o positivismo e a crítica ao hegemonismo do norte global e o Brasil querendo ser um arremedo de Estados Unidos pré Guerra Civil e depois essa mesma sabujice da direita versus Dr Getúlio e Revolução de 30, indo pelo marxismo e o esquerdismo liberal de 68, que dá origem aos cirandeiros de hoje.

    Fazendo um apanhado rápido das questões de nosso tempo, ou quando nada das vésperas até o início da Nova República, dos anos 70 até agora. Tenho a opinião de que mto disso nasce não só da colonização intelectual que o Brasil ainda hoje (sempre teve, na verdade) tem para com o mundo anglo saxônico, mas também surgiu no pretexto de combate ao ufanismo da ditadura militar. De questões e temas ainda a serem resolvidos em nosso país, e embalados nesse falso cosmopolitismo que o liberalismo do Paris de 68 embalou os “desbundados”, que não foram à luta armada. Embora a historiografia marxista brasileira também tenha o seu desdém a história brasileira e ao povo brasileiro.

    Essa influência que o liberalismo anglo saxônico brasileiro trás na intelectualidade brasileira também é coisa a ser discutida em seus efeitos perniciosos e na sua grotesca inferioridade em termos de qualidade em comparação aos pensadores nacionalistas e da Era Imperial.

    A noção de nacionalismo e patriotismo que o militarismo deixou ao Brasil e que foi absorvido no universo bolsonarista também é coisa que não ajuda.

    Nosso país, penso eu, ainda terá de passar por uma reflexão profunda sobre a Questão Nacional, sobre o próprio nacionalismo e as referências e narrativas que deverá ter para si se desejar se edificar e se erguer novamente enquanto povo, país e a finalidade do Brasil enquanto nação perante o mundo.

  2. Por que endinheirados brasileiros (jovens ou idosos) odeiam o Brasil?

    Por que muitos militares odeiam o Brasil (principalmente no período de 1961 a 2022)?

    Por que “Tudo começou em 2013”

    Infelizmente, tratar do tema “propaganda política no (contra) Brasil” e não se referir a Think Tanks como Ipês, IBAD, USAID, Sociedade Mont Pellerin, FGV, Instituto Milenium, Instituto Liberal, IEE, Atlas Network, SFL/EPL, MBL, Brasil Paralelo…. diz muito sobre o autor deste texto de internet e de suas intenções no mínimo disfuncionais a “jovens”, ao trabalhismo e ao nacionalismo (de ontem e de hoje).

  3. Eu não gosto dos EUA e Israel e mesmo assim odeio o Brasil, mas não quero guerra civil.
    Seu texto é enviesado, a gente odeia o Bostil porque já estamos cansados de fazer parte do eterno país do futuro, dizem isso a gerações, a nossa aceitou que esse país não funciona corretamente e queremos contribuir o menos possível pra sustentar essa merda.
    Muitos de “nós” culpamos justamente os EUA pelo Bostil ser o que é hoje, se eles se aproveitam disso é outra história, tu acha que China e Rússia não fazem o mesmo? O Bostil é um país que ta cheio de 5 coluna.
    E sobre o Sul, quem sabe por ser um fato que os estados de lá produzem muito mais do que recebem da União, ao contrário do Nordeste, sem falar a migração pra lá, que resultou na favelização, o recebimento de bolsa família etc.
    Tentar entender o que motiva a pensar que o Bostil não dá certo seria a coisa certa a se fazer, mas pra quem tem uma agenda política é mais fácil simplesmente ignorar os problemas e dizer que é culpa do imperialismo americano kkkk

  4. Texto totalmente enviesado. Nós da geração mais nova, com menos de 30 anos, odiamos essa porcaria de país porque não vemos perspectiva, trabalhamos e estudamos pra no final das contas não termos condições de viver uma vida com qualidade, ninguém quer luxo não, só queremos viver uma vida feliz, o que tá praticamente impossível nessa merda de país.
    Enxergue a realidade, vc que escreveu esse texto deve ser só um playboy que nunca teve uma carteira assinada e nunca trabalhou recebendo salário mínimo na vida pq teve a família pra ajudar.

  5. Odeio este país maldito e ter nascido aqui, era melhor nunca ter existido, está merda não se desenvolve e na entrega nada a sua população, só rouba seu cidadãos com impostos que são desviados pelo poder público.

    Só é melhor que a África e países do oriente médio.

    Bostil, Merdil, Cupretil, Macaquil, Lixil.

  6. Infelizmente eu nasci em um dos países mais corruptos, religiosos, violentos e ignorantes do planeta…
    Queria ter nascido em um país como a Suécia, Dinamarca, Islândia, Finlândia, Noruega, Canadá etc…

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