Intervencionistas e bolsonaristas

Intervencionistas e bolsonaristas
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Por André Luiz Dos Reis – O núcleo duro das aglomerações atuais não é composto propriamente de Bolsonaristas, daí a ausência do nome do Presidente em muitas das manifestações. Este é um movimento mais antigo, chamado de “intervencionistas”, e que se tornou visível desde 2015, ainda na crise do segundo mandato de Dilma. Em novembro de 2016, chegaram a invadir o plenário da Câmara dos Deputados em episódio muito obscuro.

Eles se uniram com o bolsonarismo, mas não se sinonimizam a ele exatamente. São reacionários anticomunistas ferrenhos e anti-política, que acreditam em um governo militar.

Não são controlados totalmente por Bolsonaro.

Os intervencionistas tem grupos de dezenas de milhares de pessoas, até centenas de milhares [havia grupos com 800 mil integrantes em 2016], no WhatsApp desde 2014. São bancados por empresários, a maioria do Sul e SE. Eles tem boa articulação com caminhoneiros desde as greves no governo Temer. Embarcaram no Bolsonararismo mas tem agenda própria. São a real direita autoritária, que quer ser governada por generais.

É necessário entender que o “bolsonarismo” é confluência de tendências mais ou menos autônomas. Os intervencionistas são uma delas.

Por André Luiz Dos Reis