Os governos passam, o Estado Nacional fica

estado nacional governo esplanada dos ministérios brasília palácio do planalto congresso nacional stf poder-min
Botão Siga o Disparada no Google News

Por Rogério Anitablian – Remarco minha posição sólida de defesa do Estado Nacional. Muitas coisas precisam ser consideradas e debatidas, mas não em rota de colisão com a manutenção da ordem pública, e discordo de qualquer tentativa de exacerbar ânimos.

Alguns ao lado do governo vitorioso, sugerem mobilizações populares para compensar eventuais insubordinações e desencontros que estariam ocorrendo nas instituições responsáveis pela manutenção da paz social. Sou contra este curso de ações e explícito as razões, sendo a mais importante a de pacificar o país e procurar a composição política com base na correlação de forças vigente, ademais tivemos uma eleição apertada e o país segue polarizado, o governo deve abraçar seu ministério e buscar a maior unidade possível, oferecendo a segurança necessária a todos os atores.

Só assim será possível enfrentar as ameaças que vem de fora e repercutem aqui dentro. Qualquer conspiração para fragilizar o governo de forma espúria e ilegal é ação de lesa-pátria, se não gostamos de alguma situação vigente, busquemos disputar reformas no campo das ideias.

Muitas pessoas no campo nacionalista têm preocupações justas com o excesso de pautas identitárias e com a atuação de ONGs estrangeiras, principalmente na Amazônia, no governo. Entendo e compartilho da inquietação, doravante, é preciso acompanhar estas ações. Se bem no governo de Lula, sim existem pelo menos 3 ministérios entregues para pessoas com relações fortes, talvez até prepostas destes setores (via ONGs) , o governo não é só isso. Resumi-lo a governo de ONGs e a piadinhas no estilo Carlos Bolsonaro, ao invés de chamar a atenção para os pontos perigosos destas influências, não contará com minha colaboração. A hora é de mostrar a diferença nas verdadeiras questões relevantes, programáticas, e ninguém, exceto alguns adolescentes, irá levar a sério mais uma proposta de lacração.

O Brasil não precisa disso. Falemos sobre soberania, indústria, trabalho, mineração, riquezas, independência real e efetiva do país, sobre trabalhadores sem direitos previdenciários, a Eletrobrás e a conta de luz, o que interessa verdadeiramente para o país!

Por último, a situação de fragilidade e instabilidade é campo fértil para oportunismo e desorientação, não abandonem o Brasil, gostem ou não do governo, eles vem e vão, o país fica!

Por Rogério Anitablian, analista de geopolítica, economia e movimentações militares.