A derrota identitária no Chile

A derrota identitaria no Chile
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62% dos eleitores chilenos rejeitam a nova constituição identitária e antinacional.

Sim.

Menos de um ano depois que o povo chileno saiu das ruas, em um dos maiores movimentos populares do seculo XXI, depois de ter exigido e conseguido uma constituínte para enterrar a constituição neoliberal do ditador Augusto Pinochet, ele voltou às urnas.

Mas dessa vez para rejeitar a proposta de constituição que surgiu como resultado da constituínte eleita ano passado.

Mesmo conseguindo a previdência, saúde e educação públicas que exigiu nas ruas, o povo chileno preferiu perder tudo isso a aceitar a demência imoral de uma constituição identitária e antinacional, elogiada pelas corporações internacionais, como a própria Globo.

Mais.

Depois de enterrar esse monstrengo nas urnas, o povo, em festa, tomou as ruas do Chile hoje para comemorar a rejeição desse verdadeiro crime em forma de carta constitucional.

Por que estou falando de “crime”, “demência” e “imoralidade”?

Porque essa constituição destruía o princípio de igualdade como guia constitucional e a própria ideia de nação chilena.

Vejam alguns desses pontos:

Primeiro, a dissolução da nação chilena em um estado “plurinacional”, com a reificação artificial de “povos originários” em pleno século XXI, e “nações indígenas” sendo criadas com autonomia administrativa e sistemas jurídicos próprios.

Segundo, o ataque aos valores cristãos mais básicos, como por exemplo com a aprovação do aborto indiscriminado como forma de controle de natalidade.

Terceiro, com a amoralidade de reserva de metade dos cargos públicos para mulheres, eliminando o critério único da competência para preenchimento de cargos que devem cuidar, acima de qualquer outro interesse, do interesse público.

Quarto com a criação de cidadãos com direitos diferentes no mesmo Estado, separados por raça, etinia e gênero.

“A lição já sabemos de cor, só nos resta aprender”, canta Beto Guedes. E qual é ela? A lição é que o povo, o povo de verdade, a maioria cristã de nossas nações sul-americanas, prefere morrer sem aposentadoria do que adotar as pautas identitárias patrocinadas pelas ONGs internacionais e pelo sistema financeiro que, de fato, só querem enfraquecer ao máximo o Estado Nacional e dividir a população com ressentimento e ódio racial, étnico, religioso, regional e sexual para facilitar a sua exploração, ao mesmo tempo que cria uma ilusão de combate à desigualdade enquanto perpetua o sistema econômico mais concentrador de renda da história da humanidade.

Acredito que esse evento marcará o início da queda do identitarismo na esquerda sul-americana.

Mas isso não acontecerá por uma necessidade histórica.

Acontecerá se nos levantarmos, todos nós, contra esse mecanismo criminoso dizendo, BASTA.

BASTA.

BASTA.