A pesquisa do Datafolha sobre ”afetos” pretos e brancos continua mostrando resultados problemáticos para os identitários que juram que vivemos no mais racista dos países.
O dado que soltaram hoje é sobre a autoestima dos entrevistados, se eles se consideram ou não atraentes.
63% dos brasileiros se consideram atraentes, e 33% não. E não há qualquer mudança relevante quando se recorta os dados por raça: 64% dos pretos se acham atraente, mesmo percentual dos brancos. Entre os pardos, o índice é de 62%.
Enfim, não há nada no imaginário brasileiro que impeça pardos, pretos e brancos de se entenderem como belos e sensuais.
A única diferença neste tópico se dá quando o recorte é feito por gênero. Homens costumam se achar mais atraentes que as mulheres. Não há muita diferença estatística na percepção das mulheres por raça, já que a margem de erro nestes recortes vai de 4 a 8 pp: 63% das brancas se consideram atraentes, contra 60% das pardas e 58% das negras. Também não há muita diferença no caso de homens brancos [65%] e pardos [64%].
Quem sai da curva nesse quesito são os homens pretos. Nada menos que 72% deles se considera atraente.
O Brasil é um país em que os ”negões” estão com a autoestima lá em cima no quesito estético, e se sentem os mais lindos e desejáveis dos seres humanos.
O levantamento não se adequa à ideia da esquerda identitária de que vivemos em uma sociedade de imaginário violentamente racista.