Brian Augustyn passa, Gotham by Gaslight fica

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Na última terça-feira (1) o mundo dos quadrinhos perdeu o escritor e editor Brian Augustyn, vítima de um infarte. Sua morte foi anunciada pelo escrito Mark Waid (Reino do Amanhã e Legado das Estrelas) no Facebook.

Conhecido por seu trabalho em The Flash, Augustyn escreveu também Batman: Gotham by Gaslight, o primeiro elseworld da história da DC Comics, que reimagina o Batman no século XIX, enfrentando Jack o Estripador, que está em visita a Gotham ao mesmo tempo em que Bruce Wayne retorna da Europa após 5 anos de estudos com as maiores mentes (reais ou ficcionais) do velho mundo, como o psicanalista Dr. Sigmund Freud e o detetive Sherlock Holmes. Uma bela mistura de Ano Um e Do Inferno, de Miller e Moore, respectivamente.

Em começo de carreira, Batman lida com a recente onda de assassinatos de mulheres de Gotham cometida por Jack, de identidade desconhecida, mas pelo pânico da cidade, e principalmente das autoridades, atribuída à Bruce Wayne. Com dificuldade de explicar o que fazia durante seus sumiços noturnos, o bilionário vai preso ao Arkham aguardar por sua condenação à forca. Numa luta contra o tempo, Batman tenta descobrir a identidade real do assassino e escapar de sua injusta condenação.

Com desenhos de Mike Mignola (Hellboy) ainda novato, Gotham by Gaslight fica em 11º na lista dos melhores quadrinhos do Batman do site IGN. Mesma sorte não tem sua segunda parte, Mestre do Futuro. Continuação direta de Gaslight, mas sem contar com Mignola na arte (agora nas mãos do uruguaio Eduardo Barreto), Mestre do Futuro narra a luta de Batman contra um enlouquecido visionário que tenta impedir a entrada de Gotham no progresso do século XX. Por se passar quase toda durante o dia acaba perdendo o charme de sua antecessora, mas nada que tire o brilho do genial roteirista.

As duas histórias foram compiladas em um encadernado pela Panini sob o nome de Gotham: 1889, facilmente encontrado pelo leitor. Uma justa homenagem para esse grande autor que nos deixou.