Fiz uma experiência no Twitter. Questionei as pessoas que criticam a Venezuela e Bolívia por terem mantido a base primário-exportadora da economia, como se fosse uma simples opção, o que elas fariam para transformar essa estrutura produtiva.
As respostas, grosso modo, são:
– Investimento em ciência e tecnologia, educação, universidades e centros de pesquisa. Coisa que foi feita em ambos os países. Aliado a isso, esses fatores não garantem adensamento da complexidade produtiva de uma economia – Cuba tá aí para provar.
– Política de substituição de importações e cópia nacional. Coisa que também aconteceu. Principalmente na indústria leve, ainda que de forma limitada.
– Política cambial desvalorizada para deixar as exportações competitivas. E quem disse que na Venezuela e Bolívia existia algum nível de indústria com capacidade de disputa no mercado mundial para potencializar a partir da política cambial?
– Palavras gerais sobre planejamento, metas, diretrizes de política industrial etc. Coisa que, grosso modo, foi aplicada (podemos debater a qualidade da aplicação, mas isso não é novidade).
Mudar a base primário exportadora de países pequenos, com mercado interno diminuto, população igualmente pequena e com base industrial e científico-técnica quase zero não é um ato de vontade política que se faz do dia para noite…