99 anos sem Lenin

99-anos-sem-Lenin por lucas rubio
Botão Siga o Disparada no Google News

Por Lucas Rubio – Em 21 de janeiro de 1924, há 99 anos, parava de bater o coração de Vladimir Ilitch Lenin, o grande arquiteto-mestre da Revolução Soviética, teórico basilar do marxismo e líder fundador da União Soviética.

Vladimir Ilich Ulianov nasceu em Simbirsk, uma cidade banhada pelo lendário rio Volga aos pés dos Montes Urais. Desde jovem, esteve em contato com as contradições do século XIX que agitavam toda a Rússia em movimentos de contestação à monarquia absoluta russa, tendo inclusive testemunhado a execução do seu irmão mais velho, envolvido na luta anti-monarquia. O nome “Lenin”, que mundialmente ficaria famoso, é um codinome obtido na época do começo de sua luta revolucionária. Lenin percorreu toda a Rússia durante décadas enquanto estudava teoria marxista e convivia com a dura realidade do povo russo, condenado à fome, pobreza e atraso pelos imperadores.

Vladimir Lenin foi uma das figuras de proa do POSDR, o principal partido de vanguarda dos russos; lá, liderou a fração bolchevique de membros do partido que advogavam uma tomada total do poder nacional por parte dos trabalhadores organizados em sovietes (conselhos) e guardas vermelhas armadas. Em novembro de 1917, após retornar à Rússia de vários exílios forçados, Lenin organizou a Grande Revolução Socialista que derrubou o Governo Provisório Russo (de caráter burguês) estabelecido em fevereiro daquele ano. Com a consígna “Todo poder aos sovietes!”, Lenin agitou as massas na construção do primeiro Estado socialista do mundo – a União de Repúblicas Socialistas Soviéticas, nascida em 1922 após a vitória do Exército Vermelho na turbulenta Guerra Civil Soviética, do qual Lenin foi um dos mais proeminentes líderes militares e políticos.

Conhecido por sua humildade, criticidade e perfeccionismo, Lenin conduziu os primeiros anos do Poder Soviético rumo à construção de uma economia socialista e ficou conhecido por estabelecer amplos programas de alfabetização em massa, industrialização, eletrificação e reformas sociais urgentes que foram as sementes da futura superpotência soviética.

Em 21 de janeiro de 1924, exausto, em uma árdua luta contra uma doença crítica e depois de sobreviver a atentados à tiros contra sua vida, Lenin faleceu. Seu corpo foi embalsamado e colocado em um mausoléu especial na Praça Vermelha de Moscou, visitado por milhares de pessoas e que pode ser visto até hoje. As suas heranças deixadas foram uma série de vitórias em uma luta que continuam a iluminar os povos do mundo que buscam a emancipação e também uma filosofia prática que é um dos pilares do marxismo.

Embora tenha nos deixado o homem, permaneceu eterna a figura que vive em cada um dos corações dos que se levantam contra a opressão e a injustiça. Por todos os continentes, o rosto de Lenin figura em quadros, monumentos, medalhas e livros, como um farol que ilumina o caminho e inspira atos de sacrifício e luta. O seu nome, falado da mesma forma em todas as línguas humanas, é sinônimo de coragem e vitória infalível que causa terror nos inimigos da classe trabalhadora.

“Lenin viveu, Lenin vive e Lenin viverá!”

Por Lucas Rubio