95 anos de Fidel

95 anos de Fidel
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Hoje milhões de crianças dormirão nas ruas, nenhuma delas é cubana.

Qual país pode fazer um outdoor com essa frase?

Se isso é raro no mundo, imagina numa América Latina que foi duramente colonizada e hoje sobrevive apesar das suas veias abertas do imperialismo. Agora imagine isso tudo num país que vive um bloqueio econômico grave e até um certo isolamento comercial.

O aniversariante de hoje liderou o processo que tornou tudo isso possível.

O povo cubano, sob comando de Fidel, construiu uma sociedade fraterna, culta e amplamente democrática.

Um parlamento com homens, mulheres, negros, brancos, jovens, operários que pagaram nenhum dólar por suas campanhas. A participação popular decide orçamentos. O povo não tem só o voto, mas também tem as armas. Qual país europeu “democrático” tem isso?

Uma ilha pequena, pobre e com graves problemas de infraestrutura não têm bairros como a Barra da Tijuca, o Leblon ou o Leme. Mas não tem os problemas de uma Cidade de Deus, um Rio das Pedras, uma Rocinha, uma Japeri ou uma Apolo 2 – os mais críticos ao Fidel tiveram que ir no Google procurar onde fica.

Tudo isso porque essa pequena ilha tem a melhor educação pública do continente – segundo o nada comunista Banco Mundial -, uma saúde pública modelo e níveis de segurança completamente utópicos ao padrão brasileiro e latino.

Se os mais entusiastas da tecnocracia, da gestão e da eficiência fossem mais espertos, não estariam tarados no bom-mocismo estético de conteúdo elitista. Estariam querendo entender como um país bloqueado pela maior potência do mundo faz vacinas contra a COVID-19 e dá um banho em números sociais com tão pouco.

E isso se deve muito ao aniversariante de hoje. Fidel Castro faria 95 anos. Teve a coragem de voltar para Cuba com seu exército, derrubar um governo pela força e edificar um país soberano e socialista. A revolução de caráter nacionalista, reconhecendo símbolos nacionais e populares, mostrou o papel de comunistas e patriotas apaixonados pelo seu povo.

Mesmo com tentativas de assassinato da “democrática” CIA, mesmo com todas as tentativas de implodir o processo social, Fidel manteve-se firme, não teve medo de fazer o que deve ser feito.

Mas Fidel Castro não só libertou seu povo, como teve papel central na libertação de vários povos africanos, com na Angola, e de profunda participação pelo fim do Apartheid na África do Sul.

Fidel não só fez uma Cuba melhor, mas um mundo melhor. Junto com Getúlio Vargas e Leonel Brizola, está na minha lista tríplice de referências. Que esteja em bom lugar.

Viva Fidel!