Ariano Suassuna completaria hoje 94 anos. Seus escritos e feitos sempre celebraram a arte nacional e a cultura popular. Projetaram material e teoricamente a história, memória, soberania e dimensão cultural brasileira como um todo.
Da idealização do Movimento Armorial, clássicos como o Auto da Compadecida e Pedra do Reino, até a fundação do Teatro do Estudante de Pernambuco, em 1940, o paraibano potencializou e honrou a cultura brasileira e sua história. Agora somos nós que louvamos sua existência e brilhante legado.
Viva um dos maiores brasileiros que tivermos a honra de ter. Que por aqui passou e ficou. Viva Suassuna e seu louvor pelo Brasil e pela cultura nacional!
Relembro aqui sua visão do Brasil e de nossa cultura, em 2012, mas que ainda é estritamente atual:
A classe dirigente brasileira até o século XVIII se orgulhava do que tinha de português e se envergonhava do que nós temos de índio e de negro.
No século XIX, a classe dirigente brasileira passou a se envergonhar até do que temos de português. Passou a querer ser francesa. E atualmente, caricatamente, quer ser americana.
Querem transformar o Brasil num Estados Unidos de segunda ordem. Eu não quero que o Brasil seja os Estados Unidos de segunda ordem.
Eu não quero que o Brasil seja os Estados Unidos nem de primeira, quanto mais de segunda. Eu quero que o Brasil seja um Brasil de primeira, com nossas características próprias, sem renunciar às nossas peculiaridades de povo.
