TSE contra o Telegram e a viagem de Bolsonaro à Rússia de Putin

Telegram e o alinhamento do TSE aos diante da viagem de Bolsonaro à Rússia putin
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O “debate” no TSE sobre a proibição da plataforma russa Telegram ganha força justamente quando se intensifica o rufar dos tambores de uma guerra entre EUA e Rússia e quando Bolsonaro vai à Rússia se encontrar com Putin. O TSE receia que o Telegram sirva de base para o impulsionamento de “fake news” a favor da candidatura de Bolsonaro.

Interessante observar duas questões: o alinhamento do Judiciário brasileiro aos EUA e a percepção da oligarquia judiciária brasileira de que Bolsonaro, apesar de toda a sua contumaz subserviência aos EUA, está mais próximo da Rússia do que essa oligarquia julga conveniente e pode vir a representar, a partir de agora, quando está isolado pelo Atlântico Norte, uma frente de não-alinhamento aos EUA em plena América do Sul.

O planejamento da viagem de Bolsonaro à Rússia também se faz acompanhar do recrudescimento da campanha midiática nacional e estrangeira contra Bolsonaro. A Istoé, tradicional veículo da direita, chegou a dizer, há menos de uma semana, que “A praga Bolsonaro precisa ser extirpada do Brasil”.

Algumas perguntas ficam no ar, esperando o tempo respondê-las: Por que Putin quer conversar com Bolsonaro quando, ao que tudo indica, ele não terá mais um ano de mandato e o seu possível sucessor será Lula, o “mestre dos Brics”? Bolsonaro estará à altura da conversa que Putin quer ter com ele? Qual será o papel de Lula, o franco favorito, em toda essa escalada institucional anti-Rússia, e como as oligarquias brasileiras perceberão o seu real posicionamento? O que será feito de Sérgio Moro, notório office-boy dos EUA, mas aparentemente descartado pela maior parte das oligarquias brasileiras?

Quem acha que já viu de tudo, vai se surpreender e muito ao constatar que não viu foi nada.