A falta de senso de oportunidade das lideranças da esquerda brasileira

JONES MANOEL A falta de senso de oportunidade das lideranças da esquerda brasileira
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É impressionante a falta de senso de oportunidade de nossas lideranças.

Freixo é o maior nome da esquerda no combate as milícias. Deveria ter ligado para o Governo do Ceará e oferecer seus conhecimentos e experiência. Produzir material, convocar uma coletiva de imprensa e, talvez, até ir ao Ceará. Era a grande chance de ser reafirmar como o maior nome nacional do combate ao flagelo das milícias. Outras lideranças, ou nada falam, como Boulos e Lula, ou apenas soltam palavras protocolares, como Haddad.Era o momento de buscar colocar o tema das milícias como assunto central, usar o fato de que um senador da república quase foi morto para pressionar Moro, o STF e o Congresso, chamar atenção da mídia burguesa para si.

Dado a atitude pouco ortodoxa de Cid, temem ser associados a retroescavadeiras e “violência”. É o tipo de timidez e medo que não faz sentido nos tempos atuais.

O Bolsonarismo, por essência, é um fenômeno político de ofensiva permanente. Quando, finalmente, um flanco é aberto para ganhar posições, ninguém, com exceção de Ciro Gomes, aproveita.

Onde precisamos de Hugo Chávez, só tem espírito de Lula.

  1. Se o caminho escolhido por Cid foi adequado, não posso dizer.
    Mas uma coisa é certa: o governo do Ceará tem que usar todas as ferramentas repressivas a seu alcance para liquidar com esse movimento de banditismo.
    Digo mais, o governador deveria retirar a proposta de reajuste dos PMs e utilizar, integralmente, os recursos orçamentários que foram rejeitados pelos grevistas para reajustar vencimentos dos profissionais de educação, saúde e assistência social.
    Simples assim!

  2. Caro Jones
    Seu artigo foi no alvo. Eu vou mais longe: como estão preocupados com 2020/22, Lula, Dino, Haddad e outros não fazem nada. Esperar que Freixo faça alguma coisa, me perdoe, é ilusão sua. Seria querer que Cafuringa ( com todo respeito ao ponta tricolor) , fosse Garrincha, ou , pelo menos Telê…

  3. Uai… por que o Cid não convidou o Freixo, a maior liderança de esquerda em combate à milícia, para cavalgar junto com ele a retroescavadeira?

  4. O andar de cima ainda não se entendeu: entre os militares, contradição entre o projeto de milicializacao dos bolsonaros e a oposição da cúpula das forças armadas; luta , nos bastidores , entre a fração bolsonarista e grupo de Moro e seus juízes vingadores; desacordo , em grande parte – e entre as diversas frações – do grande capital, na medida em que a pauta reacionária está passando, no essencial, no Congresso. A grande mídia, Globo e Folha , principalmente,se pudesse, jogaria Bolsonaro pela janela e avançaria mais rápido na pauta econômica ultra neoliberal. A classe média, perplexa, em parte; outra parte , anti petista, uma terceira, menor, acordando; a maioria continua com Bolsonaro. O andar de baixo, com visão politicamente conservadora e ideologicamente retrógrada, entre a perplexidade, o anti petismo e a dominação ideológica dos pastores neopentecostais;e com uma minoria, ainda ínfima, acordando para a realidade. Nos movimentos sociais e populares, como reflexo da falta de resposta à ofensiva neoliberal, no longo prazo, e da agenda ultra neoliberal, no curto prazo, as categorias agem reativamente. Trabalho de base, entre a maioria de trabalhadores, organizados e desorganizados, ausente desde os anos 90, fora o trabalho nos grupos da pauta identitária,ao estilo do PSOL, dando azo à pregação dos neopentecostais, que fazem trabalho de convencimento, desde os anos 80 …
    Se não nos inspirarmos no exemplo de Cid e reagirmos, dias piores virão.

  5. Lula não deixou de se pronunciar sobre o assunto. E não se pronunciou com atraso. Pesquisar antes de falar, para ter certeza do que está falando, é bom…

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