A passagem de Lula pela China evidencia que a atual política externa segue os parâmetros da melhor tradição do Brasil: independente, não-alinhada e ativa.
Lula foi primeiro aos EUA, firmou uma aliança com Biden, mas sem qualquer medida concreta de submissão geopolítica. Condenou a invasão russa, como tinha mesmo de condenar, mas sem apoiar sanções contra o país, sem voltar atrás nas críticas a Zelensky, insistindo na necessidade de conversas de paz, e negando ajuda militar à Ucrânia.
Agora, na China, critica a hegemonia do dólar, firma parcerias com a nova superpotência, coloca uma brasileira à frente dos BRICS.
Ou seja, mantém bom relacionamento e abertura com ambos os lados, melhor posição para os interesses brasileiros.
É possível criticar detalhes da política de Mauro Vieira e Celso Amorim. [Talvez devêssemos entrar de vez na Nova Rota da Seda, teria impacto significativo, principalmente no campo político.]
Mas os rumos gerais fortalecem a voz do Brasil e aumentam nosso poder de barganha e de criação de pontes.
A política externa continua sendo o ponto forte dos governos do PT.